Valieva, de 15 anos, testou positivo para trimetazidina em controle realizado em 25 de dezembro, durante o campeonato russo, pela Agência Russa de Antidoping (Foto: Anne-Christine POUJOULAT / AFP)

O Kremlin declarou nesta sexta-feira (11) que apoia "totalmente" a jovem patinadora russa Kamila Valieva, cuja medalha de ouro por equipes nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim'2022 está ameaçada, após um teste positivo para uma substância proibida. A contraprova também deu positivo. 




"Apoiamos total e infinitamente nossa Kamila Valieva e pedimos ao mundo inteiro que a apoie", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa. "Dizemos à Kamila: 'Não esconda seu rosto! Você é russa (...) Participe das competições e vença!'", acrescentou.

Invicta em seu primeiro curso na categoria sênior, Valieva, de 15 anos, testou positivo para trimetazidina durante um controle realizado em 25 de dezembro durante o campeonato russo pela Agência Russa Antidoping (Rusada), segundo um comunicado da ITA, instância responsável pelos controles antidoping durante os Jogos. 

Substância usada para aliviar as anginas no peito, a trimetazidina é proibida pela AMA desde 2014, pois melhora a circulação sanguínea. 




"Estamos convencidos de que se trata de algum mal-entendido", declarou Peskov, pedindo que se espere que o Comitê Olímpico Internacional (COI) termine de estudar o caso e "tome sua decisão". 

"E, por enquanto, todos nós apoiamos nossa Kamila Valieva e desejamos sucesso a ela", frisou.
 
A patinadora – considerada um prodígio da modalidade – chegou a ser suspensa das atividades, mas recorreu e, enquanto o recurso não for julgado, ela continua liberada para treinar nas dependências dos Jogos Olímpicos de Inverno. 

Caso a suspensão de Valieva seja confirmada, a medalha de ouro da Rússia, por equipes, será repassada para os Estados Unidos.