Babi se classificou para a final na última quinta (28) (Foto: Simone Ferraro/CBG)

Após fazer história ao ser a primeira brasileira a se classificar para a final individual geral de um Mundial de Ginástica Rítmica, Bárbara Domingos, conhecida como Babi, terminou a histórica participação na competição em 17º lugar entre as 18 finalistas que se apresentaram na madrugada deste sábado, na cidade de Kitakyushu, Japão. Assim como nas outras três últimas edições, a vitória ficou com russa Dina Averina que provou sua soberania na modalidade e faturou o tetracampeonato no individual geral e se tornou a primeira atleta a conquistar a medalha de pela quarta vez na prova em mundiais - ela já havia vencido em 2017, 2018 e 2019.




Das 18 finalistas, 15 eram europeias. Na primeira etapa, Babi Domingos foi a terceira a se apresentar no grupo B e iniciou a competição pelas maças, marcando 22,700 pontos, seguida da fita (19,300), arco (22,750) e bola (23,000), ficando em oitavo lugar no seu pelotão com 87,750 pontos.

A jovem curitibana se classificou para a final na última quinta, 28, na 13ª colocação ao conseguir 69,800 pontos. Cada ginasta se apresentou nos quatro aparelhos: arco, bola, fita e maças. A melhor campanha de uma brasileira até o torneio no Japão também era dela, em 31º lugar no Mundial de 2019.

SOBERANIA RUSSA

A multicampeã Dina Averina conquistou o ouro fazendo 108.400 pontos, 3,2 mil pontos a mais que a bielorrussa Alina Harnasko (105.300), que ficou com a prata. O terceiro lugar do pódio foi ocupado pela também russa, e irmã gêmea de Dina, Arina Averina, que fez 103.200 pontos na somatória das suas apresentações.




Com o título no individual geral, Averina ultrapassou as tricampeões búlgaras Maria Gigova (1969, 1971, 1973) e Maria Petrova (1993, 1994, 1995) e as também russas Evgeniya Kanaeva (2009, 2010, 2011) e Yana Kudryavtseva (2013, 2014, 2015).

O ouro em Kitakyushu rendeu a russa outro recorde no Japão. Vice-campeã olímpica na Olimpíada Tóquio 2020, Averina chegou a sua 18ª medalha dourada superando a compatriota Kanaeva, com quem estava empatada como a ginasta que mais vezes subiu ao lugar mais alto do pódio em mundiais de ginástica rítmica.