A carta foi endereçada aos senadores Richard Blumenthal e Jerry Moran e nela as quatro ginastas, que estão entre as mais de 200 vítimas de Larry Nassar, afirmam que a principal prioridade do USOPC era "ocultar a culpabilidade e evitar a responsabilização".
"A diretoria do USOPC não tomou nenhuma ação investigativa depois de saber que Nassar era um agressor. Fazemos esse pedido após anos de paciência, deliberação e compromisso não correspondido para aprender com nosso sofrimento e tornar o esporte seguro para as gerações futuras. Acreditamos que as ações anteriores da diretoria demonstram uma relutância em confrontar os problemas epidêmicos com abusos que atletas como nós enfrentamos e uma recusa contínua em buscar uma reforma verdadeira e necessária do quebrado sistema olímpico", afirmou um trecho da carta.
O Congresso tem o direito, desde agosto do ano passado, de dissolver a diretoria do Comitê caso sejam encontradas evidências de que a organização não cumpriu seu propósito.
"Acreditamos que é hora de o Congresso exercer sua autoridade sobre a organização que criou, substituindo toda a diretoria do USOPC por uma liderança disposta e capaz de fazer o que deveria ter sido feito há muito tempo: investigar com responsabilidade o problema sistêmico de abuso sexual dentro das organizações olímpicas, incluindo o USOPC, e todos os esforços para escondê-lo", disseram as ginastas.
O USOPC defendeu a forma como está lidando com o caso de Larry Nassar, alegando que implementou as reformas de governança mais abrangentes das duas últimas décadas.
Em fevereiro de 2018, Larry Nassar foi condenado a até 360 anos de prisão por ter molestado 265 mulheres. As vítimas ainda buscam reparação da USA Gymnastics (Federação Americana de Ginástica, na sigla em inglês) e do Comitê Olímpico Americano.