O ciclo do lateral-direito Juanfran está perto do fim no São Paulo. A diretoria, agora com o presidente Julio Casares no comando, optou por não renovar o contrato do espanhol de 36 anos que termina neste domingo, dia 28 de fevereiro.
A partida contra o Flamengo será a sua última, caso ele seja aproveitado pelo técnico interino Marcos Vizolli. A tendência é que o espanhol fique apenas como opção no banco na partida desta quinta-feira, quando o São Paulo entra em campo para tentar garantir vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores.
A decisão do São Paulo foi, primordialmente, financeira. A diretoria observou que o custo-benefício de manter Juanfran não valia o esforço. Contratado em agosto de 2019 após ficar sem contrato com o Atlético de Madrid, o lateral-direito ostentava um dos maiores salários do elenco, custando quase R$ 12 milhões por ano. Ao todo, Juanfran entrou em campo em 56 jogos e não marcou nenhum gol.
A saída do espanhol não passou pela avaliação do técnico Hernán Crespo, que foi apenas comunicado da decisão da diretoria. O argentino, porém, entendeu que o momento financeiro do clube não permite segurar um jogador tão caro.
O treinador espera receber outros reforços. Até aqui, o São Paulo contratou o atacante Bruno Rodrigues, destaque da Ponte Preta na Série B do Campeonato Brasileiro. A estreia de Crespo será no domingo, quando o time estreia no Paulistão contra o Botafogo, de Ribeirão Preto, no Morumbi.
"Vamos ter de trabalhar muito e com pouco dinheiro", afirmou Muricy Ramalho, coordenador de futebol do clube, que tem trabalhando diariamente com o treinador argentino.