A derrota para o Corinthians no clássico da última quarta-feira (21) torna insustentável a permanência de Odair Hellmann no comando do Santos. Uma reunião nesta quinta (22) definiu a saída do treinador, em "comum acordo", conforme comunicado do clube.
Mas os bastidores que antecederam a saída pegaram fogo e tiveram um impasse entre técnico e diretoria.
Após uma noite de protestos e enfrentamento da polícia com a torcida na Vila Belmiro, o treinador teve seu número de telefone vazado. Ao longo da madrugada, Odair recebeu mensagens em tons de ameaça a ele e sua família.
Multa rescisória foi impasse
O Santos cancelou o treino desta quinta-feira, que seria de reapresentação do elenco. Uma reunião à tarde definiu a saída do treinador. Mas hoube um impasse que tornou a negociação nada fácil.
Odair não pretende abrir mão da multa rescisória prevista no contrato. Isso, mesmo diante das ameaças recebidas durante a madrugada.
Conforme apurado pelo Superesportes, o valor é referente aos meses restantes de vínculo. Ou seja: caso decida demitir Odair, o Santos terá de arcar com mais seis meses de salários.
Mesmo com o entrave, o Santos decidiu demitir Odair. A derrota no clássico tornou o ambiente insustentável para a permanência do treinador.
É que o Santos já foi eliminado da Copa do Brasil e da Sul-Americana e vive uma seca de nove jogos sem vitória. A equipe ocupa a 13ª colocação na tabela do Brasileirão. Além disso, a falta de evolução da equipe após a data Fifa pesa na avaliação interna.
Odair Hellmann foi contratado pelo Santos em novembro do ano passado. Ele comandou a equipe em 34 jogos, com 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas. O contrato dele com o clube ia até o fim do ano.