O Palmeiras cobra R$ 128 milhões da Real Arenas, empresa da WTorre, por receitas do Allianz Parque não repassadas ao clube desde 2015. A Justiça notificou a empresa a efetuar pagamento em até três dias úteis, na quarta-feira (21). 

Em contato com o Superesportes, a Real Arenas voltou a contestar a cobraça e afirmou que vai tomar as "medidas cabíveis". A empresta não concorda com o valor calculado pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira.

"A Real Arenas reafirma que não deve R$ 128 milhões para o Palmeiras e que os débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. A empresa informa que analisou o conteúdo da citação e tomará as medidas cabíveis", diz o posicionamento.

A cofundadora e presidente do conselho da WTorre S.A, Sílvia Torre, já havia contestado o valor na última quinta-feira (15). A empresa ainda não tinha sido notificada pela Justiça para efetuar o pagamento, o que ocorreu na sexta (16).

- Não devemos R$ 128 milhões para o Palmeiras, os créditos e débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. Uma vez decidida, será paga - disse Sílvia Torre.

A WTorre foi a responsável pelo investimento de R$ 630 milhões para a construção do Allianz Parque em troca da exploração do estádio por 30 anos, entre 2014 e 2044. O Palmeiras tem direito a porcentagens de receita e alega não receber qualquer valor desde 2015, em uma conta que chega a R$ 127.972.784,97 (até março de 2023).

O Palmeiras entrou na Justiça no mês passado para cobrar o valor. A WTorre, então, foi notificada na última sexta-feira (16). A empresa contesta o cálculo e alega que a cobrança está em discussão em arbitragem existente entre as partes.