Diretor comercial do Mineirão, Samuel Lloyd descartou o retorno da tirolesa ao estádio após o acidente sofrido pela filha de 14 anos do comentarista Alê Oliveira. 

 

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19/1), Lloyd lamentou o ocorrido e ressaltou a importância de se entregar uma atração segura, devido à credibilidade do estádio.

 

 

"As pessoas olham para a marca do Mineirão e enxergam uma operação de segurança, confiável, e é por isso que as pessoas escolhem o Mineirão para os jogos e eventos, e é nisso que acreditamos", disse.

 

 

O executivo também revelou que a administração do Gigante da Pampulha ofereceu apoio psicológico à família e à adolescente, além de atualizar o estado de saúde da vítima.

"A nossa primeira preocupação foi com a saúde da adolescente que sofreu o acidente. Hoje sabemos que ela está melhor. Felizmente ela não sofreu nada muito grave do ponto de vista físico, mas com certeza algum dano emocional existe. Nós oferecemos, inclusive, apoio psicológico para a família, não só para a acidentada", disse.

Segundo Lloyd, a Polícia Civil abrirá um inquérito de apuração sobre o caso. A perícia técnica contratada pelo próprio estádio já identificou falha humana, mas o diretor quer aguardar a investigação oficial.

"A Polícia Civil já se manifestou que irá abrir um inquérito de apuração, e vamos aguardar o resultado. Nossa perícia técnica, que foi contratada logo depois do acidente, detectou uma falha humana na operação, ou seja, todos os equipamentos intactos", disse Lloyd, que decretou o fim das atividades da tirolesa.

"Mas precisamos aguardar a investigação da polícia, que já manifestou que irá ocorrer. A tirolesa não volta mais para o estádio do Mineirão", finalizou.

A filha de Alê Oliveira ficou ferida após cair da tirolesa do Mineirão na quinta-feira passada. A jovem foi levada ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, com escoriações na perna esquerda, braço esquerdo, tórax e abdômen. O caso veio à tona na terça-feira, após o comentarista divulgar o vídeo do acidente nas redes sociais. 

Pelas imagens gravadas por amigas da vítima, é possível perceber que Malu Oliveira cai após o cabo de sustentação da tirolesa se soltar, pouco tempo depois da jovem ficar suspensa no ar. O acidente aconteceu enquanto a menina passava por cima das cadeiras no anel superior do estádio. 

Em nota conjunta, a administração do Mineirão, a empresa contratante da tirolesa (MXP) e a Nerea lamentaram o ocorrido e informaram que a atração foi imediatamente encerrada.  

Segundo a administração, uma perícia realizada identificou que o acidente foi causado por falha humana. Após o acidente, Malu Oliveira  recebeu prontamente atendimento médico, sendo encaminhada ao Hospital João XXIII. A adolescente teve apenas ferimentos leves e foi liberada no mesmo dia.