Atlético e Cruzeiro decidem, às 16h30 deste sábado (2), o Campeonato Mineiro de 2022. Com torcida dividida no Mineirão, em Belo Horizonte, depois de cinco anos, o clássico desperta muitas expectativas dos torcedores e fãs do futebol em geral. Neste sentido, o Superesportes contactou colunistas do jornal Estado de Minas para saber seus palpites para o duelo decisivo entre os rivais. Veja a seguir!

 

 

Participaram da reportagem cinco colunistas do Estado de Minas e do Superesportes. São eles: Jaeci Carvalho, Kelen Cristina, Bob Faria, Cadu Doné e Jorge Nicola. Também convidamos Leopoldo Siqueira, apresentador do Alterosa Esporte, e Pedro Bueno, colunista do portal Bola pra Frente, para dar opiniões sobre o clássico entre Atlético e Cruzeiro.

 

"Arriscar palpite num clássico Atlético x Cruzeiro não é tarefa fácil. Pode acontecer uma vitória atleticana convincente, pelo elenco que tem. Pode acontecer uma (para alguns) inesperada vitória celeste, afinal, rivais se motivam especialmente e podem se igualar em clássicos. Meu único palpite que não sobe no muro (risos) é de que acho que a decisão deste sábado não será nos pênaltis".

 

 

 

"O Atlético é favorito e tem obrigação de vencer. Hoje, a diferença financeira entre os eternos rivais é possivelmente a maior em todos os tempos. De um lado, o Galo com uma folha de R$ 14 milhões por mês e dono de um dos três maiores elencos do país. Do outro, o Cruzeiro, cuja folha é de R$ 2,4 milhões e investimentos mínimos. Mas em clássicos essas cifras são incrivelmente diminuídas. Diante de tudo isso, aposto em vitória atleticana por 2 a 1".

 

 

"Pela qualidade individual, o Atlético tem mais repertório, e isso aumenta suas chances de sair vencedor. Conta com jogadores que em um lance podem definir a partida. Mas o Cruzeiro mostrou no clássico pela fase de classificação que o Pezzolano já conseguiu consolidar um jogo coletivo em sua equipe, e esse conjunto pode acabar equilibrando um pouco mais as forças. Creio que mais uma vez o treinador celeste vai apostar nisso e tentar explorar a ofensividade natural do Atlético, para buscar espaços na frente em contra-ataques. Por mais que o Atlético seja favorito, vitória celeste não seria um resultado anormal, porque os clássicos tornam os times equivalentes, mais fatores entram em campo, além de virtudes técnicas. É um jogo que vai mostrar muito do trabalho dos treinadores".

 

 

 

"Será curioso observar a postura dos clubes. Nenhum destes jogadores que estarão em campo por Atlético e Cruzeiro jogaram um clássico mineiro tão importante. E até mesmo os torcedores sentirão um frio na barriga porque trata-se de uma final única com o estádio dividido, algo bem diferente da realidade dos clássicos. Acho que um dos fatores principais desta final será esta atmosfera. Será um sábado diferente em Minas Gerais.

Já dentro de campo, é inegável que o Atlético tem mais talento. O atual campeão de todos os títulos nacionais e equipe que está perseguindo o tricampeonato do Mineiro tem um elenco muito qualificado e tende a apresentar um ótimo futebol durante a temporada. Já o Cruzeiro vive um momento diferente, onde os torcedores confiam no seu time pela primeira vez em quase três anos. A forma competitiva e ofensiva que o clube está jogando anima o torcedor que vê esse título sobre o maior rival como a possibilidade de se afirmar, iniciando neste sábado uma reviravolta na história recente.

Até por esta importância, o jogo tende a ser equilibrado. Em se tratando de uma final única, os dois clubes terão muito receio em se expor e o primeiro tempo deve ser bem cadenciado. Quem abrir o placar primeiro joga a pressão para o adversário, mas a virada atleticana mostrou que o elenco do Galo pode salvar o clube em determinados jogos. Por isso, o palpite é em uma vitória magra do Atlético, mas com um Cruzeiro bem competitivo que os torcedores devem se orgulhar. 

Além do palpite, gostaria de pontuar uma expectativa minha: os jogadores serem os protagonistas. Encerrar a partida com brigas entre as torcidas e erros de arbitragem sendo os assuntos principais não representará quão grande é este clássico entre Galo e Raposa em uma final única do Campeonato Mineiro".

 

 

 

 

"A respeito do clássico, a gente sempre escuta muitos clichês. Tem gente que fala que clássico não tem favorito, que as forças são igualadas, e tem gente que fala que isso é uma bobagem. Que o melhor time tem sempre a vantagem e que essa espécie de equilíbrio seria uma 'lenda urbana'.

Eu estou em algum lugar entre esses dois extremos. Eu acho que o Atlético tem uma vantagem, que as forças não são igualadas totalmente, mas que também não é um jogo normal. Pela tensão, pela atmosfera diferenciada, a diferença é reduzida. Estou, repito, no meio do caminho desses extremos.

Acho que o favoritismo não é apagado totalmente, não é diluído totalmente, mas ao mesmo tempo eu acho que ele não vigora do mesmo jeito que aconteceria em um jogo normal, com a diferença usual entre esses dois times. Fico nesse meio do caminho. Acho que tem favoritismo sim para o melhor time, nesse caso o Atlético. Mas esse favoritismo não é o mesmo que seria o Atlético contra um time com a mesma qualidade do Cruzeiro, entende?

Então, fugindo dos extremos: favoritismo para o Atlético, mas pé no chão. Grande expectativa por esse jogo, porque acho que um dos grandes eventos culturais de Belo Horizonte sempre foi o clássico com torcida dividida. É algo que transcende o futebol. Estou muito animado por ver esse lado também. Vou ao jogo, vou analisar de perto, não só a parte tática, a parte individual dos atletas, mas todo esse entorno de um movimento cultural de Belo Horizonte".

 

 

"O Galo é o favorito, mas eu arrisco empate no tempo normal e disputa de penalidades para conhecermos o campeão".

 

 

"Não arrisco palpite em clássicos (risos). Mas digo que neste, o Atlético é favorito. Pelo simples fato de que já tem o time mais pronto no momento. O Turco precisou mexer menos na base do ano passado. Mas em clássico, muitas forças se equilibram".