Atlético é campeão mineiro pela 46ª vez na história (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Maior pontuação, melhor ataque, defesa menos vazada e... campeão! Não teve gol nos 180 minutos da final do Campeonato Mineiro, mas o Atlético comemorou ao soar o último apito do arbitro no Mineirão. Neste sábado, a equipe alvinegra empatou por 0 a 0 com o América mesmo placar do jogo de ida da decisão, no Independência - e conquistou o título estadual pela 46ª vez, a segunda consecutiva.





O Atlético tinha a vantagem de jogar por dois empates, já que fez melhor campanha na primeira fase da competição. O time liderou a etapa classificatória do campeonato, com 27 pontos - cinco a mais que o adversário da final.

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A equipe alvinegra foi superior na maior parte do primeiro tempo, mas parou em duas grandes defesas do goleiro Matheus Cavichioli. Na etapa complementar, o artilheiro do Estadual, Rodolfo, chutou um pênalti no travessão. Depois disso, poucas foram as chances claras. Nos acréscimos, o América pediu uma outra penalidade, não assinalada pela arbitragem. 

O Atlético volta a campo nesta terça-feira, a partir das 21h30, pela última rodada do Grupo H da Copa Libertadores. No Mineirão, a equipe precisa vencer o Deportivo La Guaira-VEN para assegurar a primeira colocação geral da competição sem depender de outros resultados.




No próximo domingo (29), os rivais mineiros estreiam na Série A do Campeonato Brasileiro. Às 11h, a bola rola para o duelo entre Atlético e Fortaleza, novamente no Mineirão. Mais tarde, a partir das 16h, o América visita o Athletico-PR na Arena da Baixada, em Curitiba.

Cavichioli salva América



Com a necessidade da vitória para ser campeão, o América começou o jogo com maior volume ofensivo. O volante Juninho se juntava ao centroavante Rodolfo na marcação-pressão para dificultar a saída de bola atleticana. Nas pontas, Ademir e Felipe Azevedo também ocupavam o campo adversário.

Nenhuma das finalizações, no entanto, levou perigo ao gol defendido por Everson. Depois dos 15 minutos iniciais de inferioridade, o Atlético passou a dominar a maioria das ações de ataque. A boa marcação rival fez o time alvinegro apostar mais nos lançamentos, especialmente pelo lado direito.



Foi assim que surgiram as duas melhores oportunidades da primeira etapa. Igor Rabello e Nacho Fernández, em conclusões de dentro da área, exigiram excelentes e difíceis defesas do goleiro Matheus Cavichioli, principal jogador do primeiro tempo e responsável por manter os zeros no placar.
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Trave salva o campeão Atlético


Após o intervalo - que contou com show da banda Jota Quest -, as equipes voltaram ao jogo sem substituições. E, logo no começo do segundo tempo, um lance crucial. Aos 4 minutos, o árbitro Felipe Fernandes de Lima assinalou pênalti de Igor Rabello em Felipe Azevedo. Na cobrança, o atacante Rodolfo acertou o travessão e não entrou.

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A exemplo do que ocorreu nos primeiros 45 minutos, o Atlético tinha a bola por mais tempo. Mas o equilíbrio era a máxima do jogo, em que as defesas se sobressaím em relação aos ataques. As grandes oportunidades minguaram, apesar das várias alterações feitas pelos técnicos Cuca Lisca ao longo da etapa complementar.




Bem postado defensivamente, o Atlético pouco sofreu com as investidas adversárias. Os momentos de maior tensão eram as bolas cruzadas na área, mas pouco assustaram Everson. Nos acréscimos, um pênalti foi reivindicado pelos jogadores do América, mas a arbitragem mandou o jogo seguir e nem sequer avaliou o lance na cabine do VAR.

O lance polêmico foi um empurrão de Igor Rabello, do Atlético, no zagueiro americano Eduardo Bauermann. Comentarista de arbitragem da TV Globo, Paulo César de Oliveira afirmou que foi pênalti.

O árbitro Felipe Fernandes de Lima ouviu as ponderações do árbitro de vídeo Emerson de Almeida Ferreira pelo ponto eletrônico e mandou a partida prosseguir.

A não marcação do pênalti gerou um princípio de confusão. Lohan, no banco do América, foi expulso por reclamação. Mas, no fim das contas, o empate por 0 a 0 persistiu: mais um título alvinegro.




ATLÉTICO 0 X 0 AMÉRICA


Atlético
Everson; Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Jair (Matías Zaracho, aos 10’ do 2ºT), Tchê Tchê e Nacho Fernández (Hyoran, aos 44’ do 2ºT); Savarino (Eduardo Vargas, aos 27’ do 2ºT), Keno (Marrony, aos 10’ do 2ºT) e Hulk (Eduardo Sasha, aos 44’ do 2ºT)
Técnico: Cuca

América
Matheus Cavichioli; Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e Marlon (Geovane, aos 35’ do 2ºT); Zé Ricardo, Juninho (Ramon, aos 35’ do 2ºT), Alê; Ademir (Bruno Nazário, aos 26’ do 2ºT), Felipe Azevedo (Leandro Carvalho, aos 16’ do 2ºT) e Rodolfo (Ribamar, aos 26’ do 2ºT)
Técnico: Lisca

Motivo: jogo de volta da final do Campeonato Mineiro de 2021
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Data e horário: sábado, 22 de maio de 2021, às 16h30 (de Brasília)

Cartões amarelos: Tchê Tchê, aos 23’, Hulk, aos 26’ do 1ºT, Guilherme Arana, aos 8’, Matheus Mendes, aos 12’, e Guga, aos 52' do 2ºT (ATL); Leandro Carvalho, aos 23’, e Anderson, aos 50' do 2ºT (AME)
Cartão vermelho: Lohan, aos 50' do 2ºT (AME)

Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (CBF)
Assistentes: Felipe Alan Costa de Oliveira (CBF) e Marcus Vinícius Gomes (CBF)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (CBF)