A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Manipulação no Futebol vai estender sua investigação a jogos profissionais de futebol feminino. A decisão vem após inúmeras denúncias de jogadores envolvidos em esquemas de apostas no país. 

O relator da comissão, Felipe Carreras (PSB-PE), coloca as competições femininas sob suspeita e afirma que a convocação de atletas e clubes da modalidade deve acontecer na próxima fase da CPI.

- Pelo o que a gente tem ouvido, todo o futebol, da Série A até a Série D e competições femininas que também estão presentes em sites de apostas… Todas estão como suspeição, porque grande parte do que é investigado, acaba encontrando alguma coisa - disse o deputado federal em entrevista ao Superesportes.

 

Não há qualquer evidência de envolvimento de atletas ou equipes femininas no esquema de apostas denunciado pelo Ministério Público de Goiás. Mesmo assim, a desconfiança generalizada que paira atualmente sobre o futebol brasileiro já tem influenciado nos requerimentos das convocações para a CPI.

- No nosso plano de trabalho aprovado, a gente não descarta investigar o futebol feminino, mas por enquanto a gente não tem nenhum indício. Ainda não entrou no radar da 1ª fase da CPI, a convocação de clubes e atletas do futebol feminino, isso é para um segundo momento. Então por enquanto são suspeitas. Não podemos pré-julgar ninguém, mas a gente pretende ter um olhar na linha investigativa na modalidade - acrescenta Felipe.

 

Os depoimentos e reuniões da CPI das Apostas devem acontecer até meados de julho. No período, a ideia de Carreras é que a comissão acompanhe os desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II, realizada pelo MP goiano, assim como as investigações do inquérito da Polícia Federal.