Eduardo Bauermann, do Santos, é um dos jogadores denunciados pelo Ministério Público de Goiás (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

 

Os jogadores que foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás podem ser suspensos pelo STJD por 30 dias mesmo antes de possíveis condenações. A Procuradoria do tribunal recebeu a denúncia na quinta-feira (11) e analisará já neste fim de semana, caso a caso, possíveis punições preventivas. A informação foi publicada primeiramente pelo ge e confirmada pelo Superesportes.




 

O procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, reiterou que os casos serão analisados individualmente. O MP-GO denunciou 16 jogadores. Até atletas que foram abordados e não aceitaram o aliciamento podem ter algum tipo de punição -- neste caso, por não terem denunciado a abordagem aos clubes e às federações.

 

As possíveis suspensões esportivas, segundo Piacente, não precisam estar atreladas às decisões da Justiça Comum.

 

- Vamos estudar as hipóteses. Veremos ponto a ponto [sobre cada atleta] para saber o que é cabível - disse o procurador, ao Superesportes.

 

Não há prazo para qualquer decisão do STJD. Até o momento, nenhum jogador foi punido pelo tribunal desportivo. Alguns foram previamente afastados pelos próprios clubes, que aguardam o desenrolar das investigações.




Entenda o caso

Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.

 

Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho.

 

A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.




 

Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.

 

O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.