Eduardo Bauermann é um dos investigados na operação do Ministério Público de Goiás (Foto: Reprodução/Twitter/Santos FC)



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou, na tarde desta quarta-feira (10), uma nota confirmando que não há possibilidades de o Brasileirão de 2023 ser suspenso devido ao esquema de apostas esportivas revelado após denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO). 




A confederação, que se disse "vítima desses possíveis atos criminosos" disse se colocar à disposição das autoridades para apoiar as investigações sobre o caso.

Segundo a nota, a CBF solicitou, em ofício para a Presidência da República e o Ministério da Justiça, que a Polícia Federal investigasse o esquema fraudulento. O pedido foi acatado, como informou o ministro Flávio Dino. 

CBF se coloca à disposição para dar apoio necessário nas investigações e ressalta que não há possibilidade de suspender as competição

– A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente - escreveu a confederação.




Entenda o caso


Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.

Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho. 

A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.




Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.

O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.