Walter Casagrande, ex-jogador de futebol e comentarista esportivo, faltou ao velório de Pelé, realizado nesta segunda-feira (2/1).
Ao site SportBuzz, Casagrande contou que decidiu não comparecer à cerimônia por medo de uma recaída emocional. Ele disse ao veículo que segue regras para evitar emoções fortes que, conta, são frequentes desde que largou as drogas e passou a se manter sóbrio.
"Eu não corro risco de recaídas para drogas, mas corro riscos de recaídas emocionais. No tratamento que tenho hoje, uso antidepressivo, ansiolítico, antipsicótico e estabilizador de humor. Tudo isso para que eu não tenha queda emocional. Eu fiquei muito tempo congelado por conta das drogas e, quando eu voltei limpo e comecei a ver a vida como ela é, as emoções passaram a bater muito fortes", disse.
Com medo de um impacto que o velório, celebrado na Vila Belmiro, em Santos, no litoral paulista, poderia causar, Casagrande não se despediu do rei do futebol pessoalmente.
"Eu não vi o meu pai no caixão, que morreu em 2020, não vi a minha mãe, não vi o Sócrates [colega dele no Corinthians]", conta. Casagrande diz que as mortes de Gal Costa, Jô Soares, Rolando Boldrin e Isabel Salgado o fizeram chorar muito. "Não é uma justificativa, é uma realidade dos fatos."
Jogadores da Seleção que venceu o pentacampeonato também deixaram de ir ao evento, assim como o narrador esportivo Galvão Bueno, e foram duramente criticados.
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