Edson Arantes do Nascimento se tornou Pelé ainda na infância. Curiosamente, a inspiração para o apelido foi um goleiro. José Lino da Conceição Faustino, o Bilé, era companheiro de Dondinho, pai do craque, no time de futebol amador Vasco de São Lourenço (MG).
Quando se mudou de Três Corações, em Minas Gerais, para Bauru, no interior de São Paulo, Pelé começou a fazer parte dos times de garotos que jogavam nas ruas. Além da habilidade para driblar, lançar e chutar, o menino era um excelente goleiro.
A cada defesa que fazia, Edson gritava: "seguuura, Pilééé!". Como os amigos não entendiam muito bem, passaram a chamá-lo de "Pelé". Diante da irritação do pequeno, a alcunha pegou.
Time do coração
Em várias entrevistas, Pelé disse que torcia pelo Vasco quando criança, sobretudo pela influência de um jogador chamado Marinho, amigo de Dondinho, que atuou no cruz-maltino. Alguns amigos de Bauru, no entanto, relataram a preferência do Rei pelo Corinthians.
No fim das contas, o Santos mostrou ao mundo o maior nome do futebol. Foram 1.091 gols em 1.116 jogos pelo clube, com seis Brasileiros, duas Copas Libertadores e dois Mundiais na lista de troféus. Na Seleção, o camisa 10 se sagrou tricampeão da Copa (1958, 1962 e 1970).
Pelé morreu nessa quinta-feira (29/12), aos 82 anos, após travar luta contra um câncer no cólon. Ele ficou internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, durante um mês. O velório do Rei será realizado no dia 2 de janeiro, na Vila Belmiro, estádio do Santos.