O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do Rei do Futebol, Pelé, na tarde desta quinta-feira (29/12). Em suas redes sociais, o político relembrou momentos em que viu o ex-jogador atuar. 

"Eu tive o privilégio que os brasileiros mais jovens não tiveram: eu vi o Pelé jogar, ao vivo, no Pacaembu e Morumbi. Jogar, não. Eu vi o Pelé dar show. Porque quando pegava na bola ele sempre fazia algo especial, que muitas vezes acabava em gol", começou. 

Com humor, Lula contou que tinha "raiva" de Pelé, por sempre que o Santos jogava contra o Corinthians, o time do petista acabava perdendo.

"Confesso que tinha raiva do Pelé, porque ele sempre massacrava o meu Corinthians. Mas, antes de tudo, eu o admirava. E a raiva logo deu lugar à paixão de vê-lo jogar com a camisa 10 da Seleção Brasileira", continuou.

Presidente do Brasil entre 2003 e 2011, o político exaltou os feitos de Pelé e ressaltou como o Rei levou o 'nome do país' para os estrangeiros.

"Poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe feito ele. Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatros cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: 'Pelé'", prosseguiu.

Por fim, Lula agradeceu a Pelé e falou sobre o 'reencontro' com craques do futebol brasileiro que também faleceram.

"Pelé nos deixou hoje. Foi fazer tabelinha no céu com Coutinho, seu grande parceiro no Santos. Tem agora a companhia de tantos craques eternos: Didi, Garrincha, Nilton Santos, Sócrates, Maradona...  Deixou uma certeza: nunca houve um camisa 10 como ele. Obrigado, Pelé", finalizou Lula.

O ex-jogador morreu após um período de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Edson Arantes do Nascimento teve complicações de um câncer no cólon e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele deixa seis filhos.

Além de Lula, o PT, a presidente da sigla, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o Instituto Lula comentaram a morte do ex-jogador.

No último boletim divulgado, em 21 de dezembro, os médicos afirmaram que o câncer de cólon havia progredido e que o rim e coração de Pelé exigiam cuidados. No boletim médico, o hospital Albert Einstein confirmou a morte às 15h27 de hoje.