Quem vê a carreira gloriosa de Carlo Ancelotti como treinador, que o levou a tornar-se alvo principal da seleção brasileira, não imagina o jogador de sucesso no futebol italiano, sobretudo na década de 1980, quando era conhecido apenas como ‘Carletto’. 

Hoje apontado como o próximo treinador do Brasil a partir de 2024, Ancelotti foi um meio-campista defensivo de carreira relativamente curta. Devido a uma lesão no joelho esquerdo, parou aos 33 anos. Porém, a aposentadoria precoce não o impediu de somar importantes títulos – todos na Itália, de onde nunca saiu como atleta.

Os primeiros passos de Carletto foram no Parma, que ainda disputava a terceira divisão italiana, onde ficou dos 17 aos 20 anos. Ali, ajudou o clube a subir para a Serie B em sua última temporada.

O futebol do habilidoso jovem, com bons passes em profundidade, visão de jogo e ótima marcação, apesar da pouca velocidade e vigor físico, chamou a atenção da Roma, que competiu por sua contratação com a Inter de Milão e ganhou a disputa pelo volante. 

 

 

Na capital italiana dividiu o setor com Paulo Roberto Falcão, e ali conquistou um Campeonato Italiano e quatro títulos da Copa da Itália. Esbarrou, ainda, no título da Liga dos Campeões de 1983-84, quando o time perdeu a final para o Liverpool, nos pênaltis, após um empate em 1 a 1.

Lesionado, Ancelotti não pôde disputar o título europeu, que viria anos depois, em uma nova equipe.

Em 1987, após quase uma década na Roma, fechou com o estrelado Milan, que contava com craques como Van Basten, Gullit, Baresi e o ainda novato Maldini. E em Milão Carletto atingiu a glória máxima como jogador. 

Pelos rossoneri o meio-campista foi peça-chave de uma das mais vitoriosas da história do clube, e faturou duas Ligas dos Campeões de forma consecutiva (1988-89 e 1989-90), dois Campeonatos Italianos, um Mundial, uma Supercopa da Itália e uma Supercopa da Uefa. 

 

 

A passagem pela seleção italiana foi menos vitoriosa, com 26 jogos, um gol e uma assistência entre 1981 e 1991 – embora não tenha disputado a Copa de 1982, em que a Itália ficou com o título. Na Copa seguinte, foi convocado mas não atuou. Sua melhor campanha foi no Mundial de 1990, com o terceiro lugar para a Azzurra.

Somou, ao longo de 16 anos de carreira, 413 jogos, 28 gols e duas assistências, segundo o site transfermarkt.

Como teve a carreira como atleta abreviada pela lesão, aos 33 anos, Ancetlotti rapidamente migrou para a função na qual teria ainda mais êxito. 

Começou como assistente da seleção italiana em 1992, treinou clubes modestos da Itália e teve uma passagem apagada pela Juventus até chegar ao Milan, clube que, ao lado do Real Madrid, fez mais sucesso na carreira. 

Milan: 2 Liga dos Campeões, 1 Campeonato Italiano, 2 Mundiais, 1 Copa da Itália, 1 Supercopa da Itália e 1 Supercopa da Uefa.

Real Madrid: 2 Liga dos Campeões, 1 Campeonato Espanhol, 2 Mundiais, 2 Copas do Rei, 2 Supercopas da Uefa e 1 Supercopa da Espanha.

Chelsea: 1 Campeonato Inglês, 1 Copa da Inglaterra e 1 Copa da Liga Inglesa.

Bayern de Munique: 1 Campeonato Alemão e 2 Supercopas Alemãs.

Paris Saint-Germain: 1 Campeonato Francês

Juventus: 1 Copa Intertoto da Uefa