Como pode um jogador com 419 gols e 192 passes para gol em 795 jogos passar a maior parte da carreira sendo visto como coadjuvante?

Pois o mundo do futebol sempre olhou com menos atenção do que deveria para o atacante francês Karim Benzema.

 

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Muito desse erro de avaliação se deve ao fato de Benzema ter sido o fiel escudeiro de Cristiano Ronaldo nos melhores anos do craque português no Real Madrid.

Uma estatística de novembro de 2022 chamava atenção para mudanças de função e desempenho. Após a saída da estrela da companhia, Benzema marcou 41 gols, enquanto Ronaldo fez 34 pela Juventus. Claro que não se comparam qualidade do time, torneios disputados, entrosamento, etc. Mas a cortina se abriu para o francês sem Cristiano.

- Nós tínhamos estilos diferentes. Eu fazia mais assistências, e ele me ajudava dentro e fora de campo. Eu sabia que podia fazer mais e quando ele saiu foi a hora de mudar meu jogo e minhas ambições - disse Benzema, semanas após a saída de Cristiano.

Entre 2009 e 2018, Benzema e Cristiano Ronaldo atuaram juntos 342 vezes, gerando uma impressionante marca de 522 gols e 196 assistências intercambiadas. Acumularam 15 troféus, sendo quatro Champions.

É óbvio que os holofotes sempre estavam direcionados para Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores de futebol da história e uma das maiores marcas do esporte. Mas toda essa veneração fez com que a importância de Benzema fosse deixada de lado. Quando Cristiano saiu, Benzema ficou no maior time do mundo e pôde ocupar a função de finalizador que o ex-companheiro exercia. As atenções se voltaram para o francês, ao ponto de ele ganhar a Bola de Ouro.

 

 

 

O destino provável de Benzema é a Arábia Saudita. A monarquia saudita está usando o futebol como ferramenta de propaganda para tentar amenizar a imagem da ditadura reinante no País. Benzema pode receber cerca de US$ 100 milhões anuais para jogar pelo Al Ittihad.