Caso de racismo sofrido por Vini Jr foi tema de várias mesas de debate nesta segunda-feira (22) (Foto: Cesar Ortiz/Pressinphoto/Icon Sport)

Ex-árbitro e atual comentarista de arbitragem, PC de Oliveira se emocionou ao comentar o caso de racismo sofrido pelo atacante Vinícius Júnior no último domingo (21), na partida entre Real Madrid x Valencia pela La Liga. O caso repercutiu em todo o mundo e tem sido tema nas mesas de debate nesta segunda. 




- Acho que seria uma segunda-feira legal para falar sobre os aspectos positivos da rodada do Brasileirão. A minha presença aqui é para comentar um caso que esgota, esgota bastante, mas que é super importante de a gente falar - ponderou PC enquanto segurava o choro, em um momento evidente de emoção no “Seleção SporTV”.
 

Sob o aspecto da arbitragem, a especialidade do comentarista, ele falou sobre um protocolo recente da Fifa, criado em 2019, que prevê um passo a passo em episódios criminosos durante as partidas. Este protocolo prevê tolerância zero para casos de racismo. 

- O código disciplinar da Fifa prevê os passos que o árbitro deve seguir durante o jogo. Os passos são paralisar o jogo, informar no sistema de som, depois paralisar o jogo e conduzir os jogadores para o vestiário, e o terceiro passo é encerrar a partida. Eu fico me perguntando o que é que precisa acontecer para chegar nesse terceiro passo. Se os fatos do jogo de ontem não configuraram esse terceiro passo, fico me perguntando o que é que tem que ser feito… Será que vão ter que entrar alguém no campo e algemar o jgoador negro, será que vão ter que entrar no campo e acorrentar o jogador negro… Será que vão ter que entrar em campo e chicotear o jogador negro para efetivamente ser considerada uma situação grave? - disparou..



 
 

O comentarista também disse que, por mais que os casos ainda sejam recorrentes, as denúncias crescem exatamente porque o racismo já não é mais um tabu. Na visão de PC, falar sobre o crime e divulgá-los é uma forma de combate.  

- Essa pauta avançou bastante, não só no futebol, mas como na sociedade em geral. Mesmo assim ainda tem muita coisa para fazer, para se formar, a mudança de cultura, de mentalidade - acrescentou.