Vinicius Junior foi alvo de racismo na partida do Real Madrid contra o Valencia no domingo (21) (Foto: Divulgação/Valencia)

 

O Valencia emitiu um comunicado nesta segunda-feira (22), um dia após o caso de racismo sofrido por Vinicius Junior no duelo contra a equipe, condenando os atos de parte dos torcedores. Segundo a nota, um deles já foi identificado pela Polícia. O clube afirmou que banirá os criminosos para sempre do estádio Mestella.




 

O clube disse que está trabalhando de forma coordenada para confirmar a identidade de outros possíveis envolvidos. 

 

— O Valencia condena energicamente esse tipo de comportamento, que não tem cabimento no futebol e não corresponde aos valores do clube e seus torcedores — diz a nota.

 

O clube afirma que as imagens disponíveis estão sendo analisadas e que trabalha com celeridade para "esclarecer o que aconteceu". Também é relembrado que um torcedor que fez gestos fascistas para visitantes do Arsenal, em 2019, pela Europa League, foi banido para sempre do estádio. 

 

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Entenda o caso

Torcedores do Valencia entoaram cantos racistas contra Vinicius Junior na partida entre Valencia e Real Madrid, no domingo. O brasileiro se irritou com os insultos no segundo tempo, e chegou a chamar o árbitro ao identificar um dos agressores.




 

 

 

O jogo ficou paralisado, e parte da torcida gritou "mono" ao atacante. Em espanhol, a tradução da palavra é "macaco".

 

Vinicius Junior, minutos depois, se estranhou com o goleiro Mamardashvili. Ele chegou a ser agarrado pelo pescoço por um Hugo Duro e depois acertou o rosto do adversário. O atacante brasileiro foi expulso.  

 

Nas redes sociais após o jogo, Vini destacou que não é o primeiro caso de racismo que sofre na Espanha. Já foram pelo menos dez desde 2021.

 

 

 

Ele foi criticado por Javier Tebas, presidente de La Liga, que disse que o jovem deveria "se informar" sobre "as competências de cada um". O atacante rebateu. "Em vez de criticar racistas, o presidente aparece nas redes sociais para me atacar", disse.