Daniel Alves deve insistir perante ao Tribunal Superior de Justiça da Catalunha que relações sexuais com a suposta vítima foram consensuais (Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)


 
Em busca de ser inocentado de acusação de estupro, Daniel Alves deve insistir perante ao Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, na segunda-feira (17),  que relações sexuais com a suposta vítima foram consensuais. Segundo a imprensa espanhola, a defesa do jogador pretende usar as câmeras de segurança da boate para livrar o jogador da cadeia. 




Com novo depoimento marcado, o advogado Cristóbal Martell pretende mostrar, por meio das gravações da noite de 30 de dezembro, que a jovem entrou com o jogador no banheiro da boate Sutton por iniciativa própria.

Além disso, o lateral, de 39 anos, deve argumentar que o clima entre ele, seu amigo Bruno Brasil que estava naquela no dia do crime, a vítima e duas das amigas dela era descontraído antes e depois da suposta agressão. 

A defesa do jogador usará as mensagens que Bruno mandou para uma das meninas no dia seguinte e a resposta dela. Para os advogados de Daniel, as mensagens "refletem normalidade e garantem que, no momento da conversa, a prima já sabia o que havia acontecido no banheiro". 




Porém, segundo o jornal espanhol Mundo Deportivo, a interpretação da defesa da vítima é de que "o que o chef brasileiro fez foi entrar em contato com eles para estabelecer um relacionamento e identificar se em algum momento pretendiam fazer uma reclamação".

Daniel Alves já prestou três versões diferentes sobre a acusação em seus depoimentos - inicialmente, negou conhecer a vítima; depois, mudou várias vezes sua visão dos fatos, mas acabou por afirmar que tiveram relações sexuais consensuais. 

Relembre o caso 


Daniel Alves está preso preventivamente na Espanha desde 20 de janeiro. O jogador teria agredido sexualmente uma mulher de 23 anos em uma festa em 30 de dezembro do ano passado. 




Inicialmente, Daniel Alves foi preso no Centro Penitenciário Brians 1, mas foi transferido para o Brians 2 três dias depois da detenção.

O caso ainda está em fase de instrução e produção de provas, a qual se prolonga desde a prisão de Daniel, há quase quatro meses. Na Espanha, essa modalidade de detenção provisória pode durar até dois anos. O jogador deve ficar preso até a investigação terminar.

Caso seja condenado, Daniel Alves pode pegar até 12 anos de prisão.