A rádio SER Catalunya divulgou nesta quarta-feira (15) que a Procuradoria de Barcelona (Espanha) investiga o clube Barcelona por pagamento 1,4 milhão de euros (R$ 6 milhões na cotação da época) a um vice-presidente da comissão de arbitragem entre 2016 e 2018. Entretanto, mesmo se houver culpa, o clube não será punido esportivamente. É o que diz Javier Tebas, presidente de La Liga.
O cartola afirmou que o caso já prescreveu do ponto de vista desportivo. A declaração veio por meio de um vídeo divulgado nos canais oficiais de La Liga.
"Temos que deixar claro que não é possível dar sanções disciplinares desportivas porque se passaram cinco anos, e estas sanções prescrevem após três anos dos fatos. A nível esportivo não é possível, outra coisa é no âmbito da jurisdição penal, onde a acusação está sendo investigada e se pode haver um possível delito de corrupção", afirmou o presidente de La Liga.
Tebas acrescentou que os próximos passos dependem da Procuradoria de Barcelona. Se o assunto for levado aos tribunais, La Liga comparecerá como promotoria privada. Senão, o caso será arquivado para o Campeonato Espanhol.
Entenda a acusação
O Barcelona fez os pagamentos a uma empresa de propriedade de José María Enríquez Negreira, então vice-presidente da Comissão Técnica de Árbitros da Real Federação Espanhola de Futebol. Ele comandou a comissão entre 1994 e 2018. A empresa se chama DASNIL 95 SL.
No total, os pagamentos foram: 532.728,02 euros em 2016; 541.752 em 2017 e 318.200 em 2018.
José María e seu filho já prestaram depoimento ao Ministério Público. O ex-vice presidente da Comissão de Árbitros alegou que jamais houve tratamento favorável ao Barcelona e que os pagamentos eram referentes a um trabalho de assessoria para explicar aos jogadores como eles deveriam se comportar diante dos árbitros.