A Conmebol apresentou, nesta terça-feira (7/2), a oficialização da candidatura de Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile para sediar a Copa do Mundo de 2030.
Durante o evento realizado em Buenos Aires-ARG, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, pediu para que a Bolívia fosse acrescentada na lista de possíveis organizadores.
"Nossa Seleção Argentina trouxe a Copa do Mundo para o nosso continente e seria uma grande alegria se, 100 anos depois, a Copa do Mundo voltasse para onde tudo começou: a América do Sul. Esta candidatura é de todo o continente. Por isso motivo, gostaria que nosso país irmão, a Bolívia, faça parte desse sonho", escreveu Fernández, em sua conta no Twitter.
Em 2030, a Copa do Mundo completará 100 anos. A primeira edição foi disputada no Uruguai - o título ficou com os donos da casa, em final contra a Argentina.
"Demos mais um pontapé nesse sonho de organizar a Copa do Mundo. Como sempre dizemos, a FIFA tem que vir comemorar onde fizemos a Copa do Mundo há cem anos. O estádio Centenário foi construído em nove meses por imigrantes. É uma grande festa: organizar uma Copa do Mundo diferente. Temos que ser responsáveis pela Copa do Mundo que organizamos. A comemoração dos primeiros cem anos da primeira Copa do Mundo tem que ficar na história. Aqui se respira futebol e é muito importante que todos venham", disse o secretário de Esportes do Uruguai, Sebastián Bauzá.
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O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, acredita que a Fifa festejará os 100 anos da Copa do Mundo na América do Sul.
"Estamos convencidos. A Fifa tem a obrigação de honrar a memória daqueles que tornaram possível a primeira Copa do Mundo. O futebol hoje te expõe muito. Aqueles homens de 100 anos atrás, se estivessem aqui, ficariam surpresos com o que o futebol conseguiu com seu sonho. Vamos continuar trabalhando. A nossa política é trabalhar para e pelo futebol", disse.
Concorrentes
Os sul-americanos vão concorrer pela organização do Mundial de 2030 com a candidatura conjunta de Espanha e Portugal (com a Ucrânia como convidada); a de Arábia Saudita, Egito e Grécia; e a do Marrocos.
"É muito importante que venham jogar aqui. O Uruguai é o primeiro campeão do mundo, a Argentina o último. As confederações no mundo cresceram" desde aquele Mundial, disse Sebastián Bauzá, secretário de Esportes do Uruguai.
Para o ministro dos Esportes do Paraguai, Diego Galeano Harrison, "o Mundial dos 100 anos" deve ser realizado na América do Sul.
"É um pleito legítimo da região. Temos campeões do mundo. É um desafio grande. Primeiro, é sonhar, acreditar e conseguir, com uma candidatura limpa e sustentável", disse Alexandra Benado, ministra dos Esportes do Chile.
Por sua vez, o presidente da AFA, Claudio Tapia, confia que "a história e a paixão vão nos dar a possibilidade de ser a sede de 2030".
Um ponto desfavorável para os sul-americanos é que a próxima Copa do Mundo, em 2026, já será disputada na América, com Estados Unidos, México e Canadá como anfitriões.
Na próxima edição, o número de participantes do torneio aumentará de 32 para 48, a partir da fase de grupos.
A América do Sul já organizou a Copa do Mundo em cinco ocasiões: Uruguai-1930, Brasil-1950, Chile-1962, Argentina-1978 e Brasil-2014.