Constituição brasileira proíbe a extradição de cidadãos nacionais, debutado quer que o ex-jogador cumpra sentença em uma prisão no Brasil (Foto: Olivier Morin / AFP)


 
Um deputado eleito na Itália para a próxima legislatura prometeu levar o caso do ex-atacante Robinho, condenado a nove anos de prisão por violência sexual de grupo, ao Parlamento na semana que vem.



 
"Em 13 de outubro, dia da posse do novo Parlamento, estou pronto a apresentar um questionamento parlamentar para perguntar [ao governo] quais iniciativas se pretende adotar para que um crime tão hediondo como o estupro seja punido severamente", afirmou o porta-voz do partido Europa Verde, Angelo Bonelli, eleito deputado nas eleições de 25 de setembro por uma coalizão de centro-esquerda.

"O ex-atacante do Milan Robinho deve descontar a pena de nove anos que lhe foi aplicada por ter praticado, em 2013, violência sexual de grupo contra uma garota após tê-la deixado inconsciente. Que o Brasil aceite o quanto antes o pedido de extradição encaminhado pelo Ministério da Justiça", acrescentou Bonelli.

O próprio deputado eleito reconheceu que o governo brasileiro não vai entregar Robinho porque a Constituição Federal proíbe a extradição de cidadãos nacionais, mas ressaltou que o ex-jogador poderia cumprir a sentença em uma prisão no Brasil.




Em 19 de janeiro de 2022, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco a nove anos de cadeia por violência sexual, mantendo as penas impostas em primeira e segunda instâncias.

Os dois foram sentenciados por conta do estupro contra uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade. Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".