Em última instância, Robinho foi condenado a nove anos de prisão na Itália (Foto: OLIVIER MORIN / AFP)


O diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano, Stefano Opilio, afirmou nesta quinta-feira que o órgão estrangeiro irá pedir que Robinho cumpra a sua pena no Brasil caso ele não possa ser extraditado.



 
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O jogador foi condenado em última instância pela justiça italiana por conta de uma agressão sexual cometida contra uma mulher albanesa, em 2013. Sua condenação e a de seu amigo Ricardo Falco, que também estava envolvido, é de nove anos.
 
 
 
"Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele. No caso da impossibilidade da extradição, vamos pedir a execução da pena no Brasil", disse o diretor ao Globo Esporte.

A sentença é definitiva e não cabe mais recurso. Acontece que a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros. Sendo assim, a dupla poderá cumprir sua pena em uma penitenciária brasileira.




A Itália, portanto, deve pedir a transferência de execução de pena à justiça brasileira e aguarda que o Supremo Tribunal da Justiça faça a homologação da sentença estrangeira. Não existe um prazo para esse trâmite ser concluído.

Quando interrogado sobre o ocorrido, Robinho sempre negou as acusações de violência sexual, apesar de admitir que se envolveu com a vítima. O atacante chegou a ser contratado pelo Santos em 2020, mas devido à forte repercussão do caso, seu contrato foi suspenso.

Relembre o caso

Em janeiro de 2013, em uma boate em Milão, Robinho, Falco e outros quatro brasileiros foram denunciados por violência sexual contra uma mulher albanesa, de 23 anos na época.




O caso contra os outros quatro brasileiros está suspenso, mas pode ser reaberto devido a condenação de Robinho e Falco. Durante as investigações, os envolvidos não estavam na Itália e, por tanto, não foram processados.

Em 2020, o GE teve acesso a áudios de Robinho e seus amigos fazendo pouco caso com a vítima. A divulgação dos áudios foram, inclusive, determinante para que o Santos suspendesse o contrato com o jogador de 37 anos.