Buffon também avaliou os dois empates seguidos da Itália nas Eliminatórias (Foto: Marco Bertorello/AFP)

Gianluigi Buffon revelou recentemente que seria um sonho disputar a sexta Copa do Mundo da carreira, no Catar. Após dois empates seguidos da Itália nas Eliminatórias, o experiente goleiro do Parma falou novamente sobre o assunto e pediu para que se evite uma pressão desnecessária sobre o técnico Roberto Mancini. Mas não escondeu a ansiedade por receber uma ligação do comandante da Azzurra.




Dugout
"Chamada para a Copa do Mundo? Não estou buscando nada. Eu quero ser feliz e minha cabeça e meu corpo estão no comando. Com muito prazer e entusiasmo continuo a jogar e não estou pensando em desistir agora", disse Buffon à rádio Anch'io Sport. "Se o Mancini me ligar, veremos. O treinador não fez nada de errado e conversamos pela última vez há dois ou três anos. Não quero criar pressão desnecessária, Mancini já tem muita e não deveria ter mais", afirmou.

Aos 43 anos e ainda em boa forma, Buffon avaliou os dois empates seguidos da Itália nas Eliminatórias 1 a 1 com a Bulgária e 0 a 0 com a Suíça) e saiu em defesa do grupo e, sobretudo, do atacante Immobile, que desperdiçou algumas boas chances nesses duelos.

"Tenho que falar a verdade e não querer defender o grupo e o treinador. O problema da Itália foi a boa sorte. Quando você vem de uma grande vitória, onde tudo deu certo (titulo da Eurocopa), as coisas começam a pior depois. A seleção nacional paga pelo azar que aconteceu com eles", avaliou. "Objetivamente, com a Bulgária e a Suíça houve boas atuações, poderíamos ter marcado três gols em ambas as partidas. Foram dois empates nascidos do acaso. Se você jogar com eles novamente 100 vezes, você ganha esses dois jogos em 90."




Para Buffon, a Itália logo vai se reencontrar com as vitórias para buscar a vaga na Copa do Mundo. "Viemos de um europeu onde sempre marcamos e das quartas em diante não foi tão fácil. Não creio que o problema seja dos atacantes, mas sim de fazer gols a qualquer jogador. Questionar Immobile não é generoso."

Defendeu a Itália e explicou o motivo de ainda sentir prazer em estar em campo. "Um dos motivos pelo qual continuo a jogar é que a evolução do futebol tem me permitido não ficar entediado. Agora começo as jogadas, brinco com meus pés e essas coisas me estimulam no cérebro. Estou me divertindo muito e uma das grandes satisfações é que agora jogo com a esquerda e faço (lançamento de) 50 metros. O que até recentemente eu não fazia."