A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) divulgou um comunicado oficial, nesta segunda-feira, condenando os ataques racistas nas redes sociais contra jogadores da seleção após a derrota na disputa de pênaltis para a Itália na final do Eurocopa no domingo. Após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, os italianos venceram por 3 a 2, com os ingleses Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, todos negros, desperdiçando suas cobranças de pênalti.
A seleção da Inglaterra também divulgou uma nota condenando o abuso dirigido a seus jogadores nas redes sociais. "Estamos desgostosos que parte de nossa equipe - que deu tudo pela camisa neste verão - tenha sido submetida a abusos discriminatórios online depois do jogo desta noite", disse a equipe em sua conta oficial no Twitter.
A polícia britânica informou que investigaria as postagens. "Estamos cientes de uma série de comentários ofensivos e racistas nas redes sociais dirigidos aos jogadores de futebol após a final do #Euro2020", tuitou a Polícia Metropolitana. "Esse abuso é totalmente inaceitável, não será tolerado e será investigado".
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, pediu às empresas de mídia social que removessem esse conteúdo de suas plataformas. "Os responsáveis pelo nojento abuso online que vimos devem ser responsabilizados - e as empresas de mídia social precisam agir imediatamente para remover e prevenir esse ódio", afirmou o político.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi outro que protestou contra o caso de racismo. "Estes jogadores da seleção da Inglaterra merecem ser tratados como heróis e não agredidos racialmente nas redes sociais", escreveu no Twitter. "Os responsáveis destes horríveis ataques deveriam se envergonhar".