Subiu para 52 os casos de infecção por COVID-19 entre jogadores, integrantes das delegações e prestadores de serviço envolvidos na Copa América. O Ministério da Saúde atualizou o número nesta terça-feira. Até segunda-feira, eram 41 casos relacionados à competição disputada no Brasil.
Em comunicado, o Ministério da Saúde informou que, dos 52 casos confirmados, 33 estão relacionados a jogadores e membros de delegações e 19 foram detectados em prestadores de serviços contratados pela Conmebol para o evento.
Segundo a pasta, "foram realizados 3.045 testes de RT-PCR entre jogadores, membros das delegações e prestadores de serviços" e "os casos de prestadores de serviços foram confirmados em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). O ministério também afirmou que a "positividade de casos por covid-19 foi de 1,70%"
Ainda de acordo com a pasta, estão sendo realizados testes de sequenciamento genético para análise de possíveis variantes. Os resultados devem ser divulgados em até duas semanas. O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal atuam no monitoramento dos funcionários de hotéis que mantêm contato com delegações estrangeiras.
No Brasil desde a última quinta-feira, a seleção venezuelana foi a primeira a sofrer um surto da doença. Adversário da seleção brasileira na abertura do torneio, a Venezuela registrou 13 casos de coronavírus nos primeiros testes realizados na delegação.
Além da Venezuela, outras seleções também registraram casos de coronavírus. Na seleção boliviana, por exemplo, são quatro casos positivos até agora. Peru e Colômbia também estão com pessoas infectadas em suas delegações.
Todos os contaminados foram afastados e cumprem quarentena nos hotéis em que estão hospedados. Por causa do surto na seleção venezuelana, a Conmebol mudou o regulamento da Copa América às pressas e derrubou o limite de substituições na lista de convocados para a competição. Inicialmente, cada seleção só poderia substituir cinco atletas em razão de infecção por covid-19. A modificação permitiu que a Venezuela convocasse 15 novos jogadores.
O protocolo de segurança para a Copa América prevê regras para cada momento da permanência das equipes, desde a chegada no Brasil até o retorno aos países de origem. Os atletas devem permanecer nos hotéis onde estiverem hospedados e não podem deixar o local, a não ser para os treinos e partidas. Os jogadores também precisam passar por testes de covid-19 a cada dois dias.
Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou a ocorrência de casos positivos da doença entre membros das delegações estrangeiras. "Faz parte. Se não tivermos possibilidade de casos positivos, não teríamos protocolos rigorosos. Devem vir outros atletas e acontecerá a partida normalmente", disse.