A ocupação da região ocorreu após os protestos que derrubaram Viktor Yanukovich, apoiado por Vladimir Putin, do governo ucraniano, em 2013. O presidente russo enviou tropas ao local sob o pretexto de proteger a população da região, tomada por disputas entre apoiadores da Rússia com cidadãos pró-Ucrânia. Em março do ano seguinte, um referendo realizado pelo parlamento da Crimeia aprovou a anexação da península ao território russo.
Outro detalhe polêmico do traje é a presença do slogan nacionalista "Glória aos heróis!", presente na parte interior da gola. A frase é associada ao movimento ucraniano partidário aos nazistas durante a Segunda Guerra e foi proibida na União Soviética. Porém, voltou a ser utilizada durante a independência da Ucrânia, em 1991, e também durante os protestos que culminaram na queda de Yanukovich e na crise envolvendo a Crimeia.
Caso a Ucrânia se classifique para as oitavas da Euro, existe a possibilidade da equipe jogar em São Petersburgo, uma das sedes do torneio. A Federação Russa de Futebol (FRS) enviou uma carta à Uefa nesta terça-feira, dia 9, chamando atenção para o uso do uniforme de para "motivos políticos", o que seria "contrário aos princípios básicos dos regulamentos de kit esportivos" da entidade.
O presidente ucraniano Volodimir Zelenski elogiou o uniforme em um publicação no Instagram na terça-feira. Na legenda da publicação, acompanhada de uma imagem da nova camisa, o mandatário escreveu que a peça possui "vários símbolos importantes que unem os ucranianos".
A Uefa afirmou que os kits da seleção ucraniana foram aprovados "de acordo com os regulamentos". O regulamento da entidade afirma que nenhum uniforme deve "violar a decência comum ou transmitir mensagens políticas, religiosas ou raciais".
A Eurocopa começa nesta sexta-feira com o duelo entre Turquia e Itália, em Roma, válido pelo Grupo A. No sábado, a Rússia joga em casa contra a Bélgica, em São Petersburgo. No dia seguinte, a Ucrânia enfrenta a Holanda, em Amsterdã.