Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explica protocolos para Copa América no Brasil (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que a vacinação contra a COVID-19 das comitivas que disputarão a Copa América no Brasil não será obrigatória. A competição começa no próximo domingo. "Exigir-se a vacinação ou vacinar os atletas neste momento não traria imunidade até o início da competição", explicou Queiroga, durante entrevista coletiva.




O ministro citou outros exemplos de competições que têm acontecido sem a exigência de vacinação, como o Campeonato Brasileiro. Segundo Queiroga, outros eventos internacionais que, em contrapartida, exigiram a imunização dos participantes, como é o caso dos Jogos Olímpicos, não podem ser usados para comparação, uma vez que reúnem número maior de participantes, de todo o mundo, em uma única vila de atletas.

"Não será uma imposição a questão da vacina. Os que estiverem vacinados melhor, mas não se fará um esforço maior para se vacinar estes atletas agora, até porque a vacina poderia causar algum tipo de reação e isso poderia comprometer o ritmo competitivo dos jogadores", disse o ministro da Saúde.

Segundo informou o coordenador operacional da competição, André Pedrinelli, os jogadores e comissão técnica de todos os países participantes farão um teste diagnóstico para a COVID-19 a cada 48h.




Para o ministro da Saúde, sobre os encontros de torcidas vistos durante o Campeonato Brasileiro, as aglomerações ocorrem independentemente da realização de partidas de futebol. Queiroga reforçou que "não há motivo sanitário para vedar a realização da Copa América no Brasil". "Pode torcer na sua casa. Se vai fazer festa em casa, a consciência é de cada um. Nós não recomendamos isso. Não é essa Copa América que vai fazer isso aumentar ou diminuir. Não é, nós sabemos", afirmou.

"Acho que (a Copa América) ser aqui no Brasil - sem fazer considerações aos sistemas sanitários dos outros países - oferece garantia aos nossos atletas de que teremos uma segurança sanitária adequada", afirmou. A realização do evento esportivo em território brasileiros acontece após a recusa de Colômbia e Argentina em sediá-lo.