Fernando Diniz diminuiu vaias da torcida do Fluminense após classificação na Libertadores (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)



Fluminense se classificou em primeiro lugar no grupo D da Libertadores, mas parte da torcida vaiou os jogadores ao apito final. Na coletiva após o empate com o Sporting Cristal, Fernando Diniz diminuiu o impacto das críticas.




- Muita gente aplaudiu. Vou ficar com os aplausos. Espero que a gente consiga jogar tão bem para aqueles que vaiaram, da próxima vez, aplaudam também. Mas hoje foi um jogo difícil e muita gente que veio aplaudiu. Eu prefiro me dirigir a eles. Aqueles que vaiaram estão no direito de vaiar, pagaram ingresso, está tudo certo. Vamos procurar melhor para que todo mundo saia bastante feliz do estádio da próxima vez - opinou.



Em sua análise do empate por 1 a 1 com o Sporting Cristal, o treinador do Fluminense admitiu dificuldades principalmente na saída de bola -- algo que o técnico adversário, Tiago Nunes, afirmou que era sua estratégia.

- O Sporting Cristal arriscou muito porque não tinham nada a perder, eles arriscaram uma marcação alta com um risco elevado. E a gente, talvez, não estivesse tão preparado para isso. Um jogo bastante nervoso e a nossa chance de erro era menor. Por isso, travamos um pouco a partida. Não jogamos conforme gostaríamos e não esperávamos que a marcação fosse tão agressiva como foi o primeiro jogo da Copa do Brasil, que o Flamengo marcou muito forte e também tivemos dificuldades - afirmou.





O Fluminense encerrou a fase de grupos da Libertadores com 10 pontos e na liderança do grupo D. Classificado às oitavas de final assim como o River Plate na chave, o Tricolor agora aguarda o fim da última rodada e o sorteio que define o chaveamento do mata-mata.

Críticas à imprensa

Ao ser questionado sobre a queda de rendimento do Fluminense, que passa por momentos de instabilidade na temporada, Diniz discordou que o desempenho da equipe está pior do que o esperado.

- Acho que está parecendo um disco riscado. Você pega o recorte que é conveniente para você de onze jogos. Se pegar o recorte mais recente, que é o que interessa. O time passou por aquela fase. Nos últimos quatro jogos, a gente ganhou dois e empatou dois, classificamos em primeiro na Libertadores - disse, para prosseguir, com críticas às análises "pessimistas" da imprensa.




- Você faz um recorte, como muitos tem feito, extremamente negativo. Contra o Bahia, em termos de desempenho, se você pega a rodada do fim de semana, quem teve uma superioridade tão grande como o Fluminense teve jogando contra o Bahia – que tinha ganho do Palmeiras? Esse é o recorte mais justo e lúcido você fazer. Hoje não tivemos um desempenho do jeito que a gente gosta, jogamos abaixo. Mas contra o Bahia, jogou muito bem - declarou.



Além disso, no fim, aproveitou para criticar novamente a imprensa sobre as reportagens que deram conta de problemas internos no Fluminense na semana passada. O treinador viu "poucas verdades" no que foi publicado. 

- Sobre a grande boataria que aconteceu, para mim é uma coisa que luto a vida inteira, e vou seguir lutando, que a gente tenha mais respeito pelas pessoas que estão dentro do futebol. Muita coisa que saiu é mentira. Tem muita fonte, mas tem telefone sem fio. A grosso modo, o jornalista tem fontes que dão fatos, mas tem que apurar melhor a verdade. A gente pega os momentos que o resultado não está vindo e fica mais preocupado em publicar qualquer coisa do que apurar a verdade. Achei que a verdade foi mal apurada.