Em jogo que entrou em campo com seus reservas, o Fluminense não aguentou os efeitos da altitude de La Paz e foi derrotado por 1 a 0 pelo The Strongest (BOL) pelo grupo D da Libertadores. Depois da partida, em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz criticou duramente as partidas disputadas acima do nível do mar.

- Jogar na altitude é uma coisa criminosa, ninguém está preparado. É outro esporte. Por isso os times daqui fazem tantos pontos historicamente. O River Plate veio aqui com titulares, tomou três e poderia ter tomado mais, porque é muito diferente. Todo mundo erra passes que não erra, cai drasticamente a qualidade do jogo - afirmou o treinador.

Diniz também admitiu que as condições adversas, já esperadas, o fizeram mudar o planejamento e decidir poupar seus jogadores pela Libertadores. 

 

 

- Com a sequência que a gente tinha, a gente tinha que poupar em algum momento, e o momento era esse. Trazer aqui o Felipe Melo, Ganso, Marcelo, que já tem dificuldade por causa da idade, que estão desgastados pela sequência, no domingo a gente não teria os caras de maneira adequada nem na quinta (contra o Flamengo, pela Copa do Brasil). O planejamento foi trazer um time com saúde para poder jogar. Fisicamente a gente suportou bem, era um time jovem, assim a gente vai provando o jogador. A gente conseguiu se empenhar ao máximo, não conseguimos o resultado que queria, mas agora vamos jogar com o Corinthians e esperamos vencer. - disse.

Em quase todas as suas respostas, o técnico citou a altitude como fator preponderante para o resultado. 

- Fazia 27 partidas que não tomava gol de bola parada, sofremos no fim de semana contra o Botafogo e agora também, estava sendo um dos pontos mais fortes da temporada. O Fábio foi muito bem no jogo. Mas chegando perto do final, fica ainda mais desumano jogar aqui. Foi o que aconteceu com o River aqui também. O princípio da igualdade fica maculado para jogar na atlitude. Não é igual. Não dá para jogar aqui. A gente joga porque é obrigado, mas não é uma coisa aceitável. Acima de 2800m já muda muito, mas 3000m é muito pior, é desumano - disse.

Com nove pontos, o Fluminense ainda é líder do grupo D da Libertadores e não tem chances de ser ultrapassado na competição nesta rodada. Ainda hoje, o Sporting Cristal recebe o River Plate em Lima, no Peru. Ambas as equipes têm três pontos, enquanto o The Strongest chegou a seis e é o vice-líder da chave.

No final de semana, no domingo (28), às 16h, o Fluminense volta a campo para enfrentar o Corinthians, pelo Brasileirão. Na quinta (1), o Tricolor joga contra o Flamengo, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. 

Não queremos que aconteça mas aconteceu pontualmente. Acontece como ganhar de 5, de 7, de 4, é trabalhar para voltar a marcar e mais do que marcar, voltar a vencer. 

É um prazer sempre poder contar com ele. É um dos melhores goleiros que o Brasil produziu nos últimos 20 anos. Deveria ter jogado pelo menos uma Copa do Mundo, mas infelizmente teve poucas chances na Seleção. Para mim é um gênio do gol. Só consegue jogar nessa idade porque não precisa fazer força para ser goleiro. Ele nunca ficou fora de nenhuma sessão de treino, aprendeu a jogar com os pés, evoluiu fantasticamente, o que ele consegue produzir é muito importante e a gente só tem a agradecer pela presença dele no tine.

Eles levam bastante vantagem na bola parada. Não +ensei em usar como terceiro zagueiro, porque a dificuldade maior é na bola parada. O gol não teve nada a ver com a altitude. Acho até que erraram a batida mas acertaram o gol. Não mudamos a tática, mas a gente conseguou igualar o jogo. O que a gente sentiu muito é que obviamente a gente com um time mais treinado, poupa energia, joga mais próximo, e assim, erra menos. Mas como usamos um time que joga pouco junto, preferimos jogar em bloco médio-alto, não sofremos na parte tática, mas com os erros que aparecem por causa da altitude. Todo mundo errou bolas longas e passes curtos, porque é muito difícil acertar a parte técnica aqui, acima do nível do mar.