Embora tenha chamado para si a responsabilidade após a derrota para o Botafogo, o técnico Fernando Diniz vê sua equipe sofrendo com a sequência difícil em maio. Sem Alexsander, Marcelo e Keno, o Fluminense tem tido problemas para impor seu estilo contra adversários mais fortes e não se mantém vencendo ou convencendo nos últimos jogos.
- Errei na maneira de conduzir, errei na substituição e não tem como colocar o peso nas ausências, tínhamos time para jogar melhor do que jogamos - afirmou o técnico após o jogo.
O principal problema é a falta de opções de velocidade. Isso porque, se perde a qualidade do lateral-esquerdo e do volante na saída de jogo, poderia tentar verticalizar as jogadas. Mas sem Keno, o Flu não tem muitas opções velozes.
Diniz até tenta com Gabriel Pirani, que foi mal no Fla-Flu e participativo no primeiro tempo da derrota para o Botafogo, mas o meia não se mostrou a solução até aqui.
Lelê, que chegou às Laranjeiras após se destacar pelo Volta Redonda, parece ter sentido a mudança de patamar e ainda é tímido com a camisa do Fluminense. Resta apenas o jovem Isaac, de 19 anos.
O lado esquerdo também é uma questão a ser solucionada. Poupado contra o Botafogo depois de sentir dores no empate com o Flamengo, Marcelo deu lugar a Guga, lateral-direito improvisado na ala oposta. O setor, entretanto, causa problemas tanto no ataque, pela improdutividade, e na defesa, onde oferece generosos espaços aos rivais.
Fluminense não chuta no gol contra o Botafogo
Na frente, o Flu decepcionou contra o Botafogo. Foram apenas três finalizações, e nenhuma no gol defendido por Lucas Perri. A falta de criatividade tem também a ver com erros técnicos que vão se repetindo.
Destaques da equipe como André, Arias e Cano mostram futebol um pouco abaixo do que nas melhores atuações da equipe. O argentino, inclusive, não marcou nos últimos três jogos, o que pode parecer pouco, mas iguala seu maior jejum com a camisa do Fluminense.
Destaques da equipe como André, Arias e Cano mostram futebol um pouco abaixo do que nas melhores atuações da equipe. O argentino, inclusive, não marcou nos últimos três jogos, o que pode parecer pouco, mas iguala seu maior jejum com a camisa do Fluminense.
Felipe Melo vira dúvida e problemas aumentam
Com lacunas em todos os setores do campo, Diniz pode tirar o peso das ausências, mas é fato que os jogadores estão fazendo falta. O trio, além de tudo, deixa o time com mais opções no banco de reservas.
- Nós tivemos muitas perdas, e é claro que isso atrapalha um pouco. Quem está entrando tenta fazer o nosso jogo, mas os adversários também têm feito estratégias, até o anti-jogo como o Flamengo e hoje [Botafogo]. Temos nosso estilo de jogo, nossa saída, mas estamos sendo parados com faltas e isso acaba nos prejudicando - opinou Samuel Xavier.
E a lista de problemas só aumenta: Felipe Melo, que já estava suspenso para o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, foi substituído com dores musculares no músculo posterior da coxa esquerda e virou dúvida para o próximo jogo, contra o The Strongest (BOL), na altitude de 3.600m de La Paz, na Bolívia, Libertadores.