Após o empate do Fluminense por 0 a 0 com o Flamengo pela Copa do Brasil, o técnico Fernando Diniz foi questionado sobre o esquema de apostas. A Operação Penalidade Máxima II investiga a participação de jogadores em uma cadeia de manipulação de jogos no futebol brasileiro em 2022. O treinador pediu punição rigorosa aos envolvidos.




- É um assunto que merece o máximo de seriedade. Quem participou do esquema tem que ser punido com o rigor da lei, mas não execrado. Tem que ser punido como pessoas que erram. Da maneira mais rigorosa possível, mas sem determinar o fim da vida de alguém - opinou.

O técnico do Flu vê a questão como problemática para o futebol no país. Além de tudo, os sites de apostas não estão regulamentados ainda no Brasil.

- Tem jogador que errou, não deveria ter feito isso, é uma coisa que se a gente soubesse poderia ter feito alguma prevenção, mas não deu. Para dar exemplo, a gente tem que ser muito rigoroso, regulamentar, é um dano muito grande ao futebol, porque isso se estende. Não é o clube que tomou o cartão amarelo, é uma coisa muito feia para o futebol. Tem que ser punido.




O Fluminense foi afetado pela investigação do Ministério Público de Goiás, já que o zagueiro Vitor Mendes foi citado e está afastado pelo Tricolor. Os atos do defensor, entretanto, foram à época de sua passagem pelo Juventude, em 2022, quando esteve emprestado pelo Atlético-MG.

Entenda o caso

Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.

Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho. 




A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.

Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.

O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.