Fernando Diniz, durante empate entre Fluminense e Flamengo pela Copa do Brasil (Foto: MARCELO GONCALVES/FLUMINENSE FC)



O técnico Fernando Diniz fez duras críticas à arbitragem do empate por 0 a 0 entre Fluminense e Flamengo, na noite desta quarta-feira (16), pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.




Para ele, a equipe de Anderson Daronco errou ao não punir Gabigol pelo pisão em Ganso no segundo tempo e foi ‘permissiva’ ao não dar cartões devido ao excesso de faltas rubro-negras: foram 22 do Fla contra cinco do Flu, lembrou o treinador. 

– Espero que o segundo jogo tenha uma arbitragem imparcial. Fomos campeões cariocas apesar da arbitragem, e hoje empatamos apesar da arbitragem. Seria muito mais fácil o VAR chamar [o Anderson Daronco] pelo pisão [de Gabriel em Ganso] do que pela expulsão do Felipe Melo. Pro bem do futebol, a arbitragem tem que ter imparcialidade. Só dos jogos que acompanho as arbitragem têm interferido - criticou Diniz.

O técnico tricolor reconheceu, porém, que o Flamengo entrou melhor na partida e fez um bom primeiro tempo, sobretudo pela postura agressiva na marcação. 




– Não foi surpresa. Tiveram uma postura agressiva na marcação. O que foi determinante foi a postura anímica do Flamengo. Estavam acelerados, provavelmente em decorrência da final estadual, e isso provocou um domínio nos primeiros 30 minutos. Depois, no final do primeiro tempo, estava mais equilibrado.

Diniz observou que, no início da segunda etapa, o Fluminense entrou melhor que o Flamengo, mas acabou prejudicado pela expulsão de Felipe Melo. Assim, só caberia ao Tricolor se defender dos rubro-negros, o que o time fez bem, em sua avaliação.

– Foi positivo, sim, jogando com um a menos por 45 minutos, suportar e não sofrer chances claras de gol… está de parabéns. Em termos de entrega e posições defensivas, foi brilhante - completou.




O jogo de volta ocorre em 1º de junho, às 20h, no Maracanã.
 

Confira outras respostas de Fernando Diniz na entrevista coletiva:

Opção pelo Pirani

Era um jogo tático, sabíamos que tinha uma intenção clara do Flamengo explorar aquele lado nosso. Não ia colocá-lo (John Kennedy) naquela posição de auxiliar o Marcelo numa situação de ser explorado. Taticamente eu gostei da atuação do Pirani, cumpriu o que eu queria e foi uma decisão acertada.

Acha que o time deixou de fazer algo que você planejou?

Já falei que não é só marcação, entraram com uma rotação maior que a nossa. Isso não é necessariamente ruim. O que foi determinante foi as segundas bolas, ganharam a maioria das divididas, e tiveram um domínio principalmente nos 30 minutos do primeiro tempo.

O que pretendia para o segundo tempo

Voltar com outra rotação do que o time entrou. Isso era o primordial. Estavam jogando um jogo, e nós com uma rotação abaixo. 




O que comenta sobre a Operação Penalidade Máxima (sobre esquema de apostas)

Assunto que merece o máximo de seriedade. Quem participou tem que ser punido, mas não tem que ser execrado. Tem que ser punido como a pessoa que é. Mas não determinar o fim da vida de ninguém. É uma coisa muito feia pro futebol, e tem que ser rigorosamente punida.


Bom desempenho defensivo do Flu nas últimas partidas

É bonito jogar com a bola, mas é lindo defender como se defendeu hoje. O que define meu trabalho é a solidariedade, estar presente em todas as fases. O retorno é um nível de aceitação do comprometimento que a gente pede. A fase defensiva é um dos pilares da nossa equipe.