Carlos Alberto defendeu o Fluminense depois de ter atuado no América-RJ (Foto: Flu-Memória)


 
No dia em que se comemora os 135 anos da assinatura da lei Áurea no Brasil, o Fluminense deu sua versão para a história do "pó de arroz". Em um texto divulgado em seu site oficial, o Fluminense explicou a origem do termo e rebateu que ele tenha origem racista. 




O Fluminense deu sua versão e ressaltou que a história começou há exatos 109 anos, durante uma partida contra o América-RJ. O clube, então, disse que o jogador Carlos Alberto utilizava o "pó de arroz" para aliviar irritações na pele e, que por ter atuado no adversário antes de defender as cores do Fluminense, foi atacado pela torcida americana.

Dessa forma, o Fluminense descartou que Carlos Alberto usasse a maquiagem para esconder a cor da sua pele. O clube tratou a versão dos rivais como fake news.

Veja o texto na íntegra:


A história do pó de arroz surgiu no dia 13 de maio de 1914, vinte e seis anos após a assinatura da Lei Áurea, quando o atleta do Fluminense Carlos Alberto, que estava longe de ser o primeiro negro a vestir as cores que traduzem tradição, jogava pela primeira vez contra seu ex-clube, o América.




Ainda no tempo em que atuava no América, Carlos Alberto costumava passar talco no rosto após fazer a barba como forma de aliviar irritações na pele, hábito comum entre os homens da época. Transferido para o Fluminense naquele ano, o jogador manteve a prática até que, na naquela partida, a torcida americana, ressentida com sua saída, proferiu gritos pejorativos de “pó de arroz” contra ele.

Esse fato foi distorcido no decorrer dos anos, gerando mentira que atribui um racismo institucional praticado pelo clube no início do século XX como origem do apelido pó de arroz. Nos dias de hoje, chamamos essas mentiras de fake news.

A verdade é que os torcedores transformaram o ataque numa bandeira, abraçando o pó de arroz como sua maior representação nas arquibancadas.

O que há 109 anos começou como ofensa hoje é tradição e orgulho do Time de Todos.