Cano comemora gol pelo Fluminense contra o River Plate pela Copa Libertadores (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)


 
Quando o Fluminense desceu para o vestiário do Maracanã com o placar em 1 a 1 no intervalo contra o River Plate, pela Libertadores, ninguém imaginou que o jogo duro se tornaria uma goleada histórica. Mas ninguém, tampouco, tem Paulo Henrique Ganso, Jhon Arias, Germán Cano e o técnico Fernando Diniz à beira do campo.




O massacre do Tricolor no segundo tempo, é bem verdade, contou em partes com a expulsão de González Pírez, aos 23 minutos. Antes disso, entretanto, o Flu já estava à frente no placar depois que Ganso iniciou o lance com um passe genial e Cano foi às redes pela segunda vez no jogo. O próprio Diniz admitiu que a expulsão foi "determinante" para o resultado.

Se já era melhor em 11 contra 11, o Fluminense encontrou ainda mais espaço com um a mais. Foi assim que Jhon Arias apareceu mais para o jogo e transformou a vitória em goleada com seus dois gols -- o colombiano não balançava as redes a um mês.

Com os "gringos" decisivos, o Tricolor fez do jogo um baile. A atuação de gala ainda teve 62.505 presentes no Maracanã, cantando alto, a plenos pulmões, durante os 90 minutos, "completamente loucos da cabeça".



 
 

O Flu lidera o grupo D da Libertadores com 100% de aproveitamento. Em três jogos, o time de Fernando Diniz somou nove pontos e está próximo de garantir classificação antecipada para as oitavas de final.

Arias, a 'personificação do Dinizismo'

Dentre muitas ideias de sua doutrina, Fernando Diniz prega que os jogadores não desistam, nem se abalem com erros, mas sigam tentando. O "coragem para jogar!", do treinador, virou um mantra nas Laranjeiras e no CT Carlos Castilho. Prova disso foi a atuação de Jhon Arias no Maracanã.

- (Arias) Foi realmente a personficação. Ele nao abaixou a cabeça, o torcedor entendeu, o time colocou ele para cima. É um lance que resume o time. Batemos palma pro Arias no vestiário, ele estava se sentindo bem e foi bem no segundo tempo. É um jogador de encher os olhos. Cada vez mais entende o papel dele no Fluminense e o que ele pode ser no cenário nacional e internacional - disse Diniz após o jogo.



 

 
O colombiano falhou no gol de empate do River Plate, mas não se abalou. Seguiu tentando até achar passe açucarado para Germán Cano aumentar. O que já era bom virou passeio quando Arias aproveitou jogada de Alexsander e transformou a vitória em goleada. Depois, ainda fechou o placar em arrancada, deslocando Armani para fazer o quinto gol do Tricolor.

- É o que tem sido minha vida até aqui. Temos que ter a capacidade de não se abalar. Hoje eu falhei, o cara (De La Cruz) deu sorte no carrinho e teve mérito no cruzamento. Eu senti o apoio da torcida, sempre me abraçaram, claramente tentaram me levantar porque sabem da minha capacidade. Consegui melhorar, hoje foi uma noite muito marcante para mim, tenho que desfrutar, como toda a equipe - disse Jhon Arias na zona mista.