Somente dois pontos e duas posições separam Atlético-MG e Cruzeiro na tabela do Campeonato Brasileiro, após doze rodadas disputadas. Mesmo com expectativas bem distintas para 2023, a dupla de rivais mineiros têm compartilhado essas e outras particularidades. Uma delas, em especial, chama a atenção: os desempenhos como mandante e visitante.
Historicamente fortes em seus domínios, Atlético-MG e Cruzeiro vivem situação incomum no ano de 2023: as equipes têm se dado melhor fora de casa e encontrado maiores dificuldades diante de suas torcidas.
Jogando como mandantes, Atlético-MG e Cruzeiro têm, respectivamente, as 12ª e 15ª melhores campanhas do Campeonato Brasileiro. O aproveitamento atleticano é de 53,3%, enquanto o celeste é de 42,9%. A melhor equipe no quesito é o líder Botafogo, que venceu todos os jogos em seus domínios.
Quando o assunto são os resultados fora de casa, a situação se inverte e os rivais estaduais são donos de duas das três melhores campanhas como visitantes. Enquanto o Galo é o terceiro no ranking de aproveitamento (52,4%), a Raposa (53,3%), só perde para o Botafogo (66,7%).
A campanha irregular dentro de casa explica porque Atlético-MG e Cruzeiro não conseguem se estabelecer entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro. Caso os números fossem melhores, seria possível uma manutenção no G4 da competição, visto que o Galo tem três pontos a menos que o quarto colocado, Palmeiras, e o Cruzeiro, cinco.
Atlético-MG e Cruzeiro enfrentam problemas com estádios
Algo que pode explicar o desempenho ruim de Atlético-MG e Cruzeiro em casa são os problemas enfrentados com estádios em Minas Gerais. O Mineirão, grande palco do futebol mineiro, tem sido muito criticado pela quantidade de eventos realizados.
Além de impossibilitar que jogos aconteçam em dias de show, os eventos têm sido muito prejudiciais ao gramado. Isso obriga as equipes mineiras a procurarem outras casas ou que atuem em meio a buracos, falhas e areia.
Em diversas oportunidades, Atlético-MG e Cruzeiro foram obrigados a jogar no Independência ou em outras cidades, como Sete Lagoas e Uberlândia. A última citada, inclusive, sediou o clássico entre as equipes, que terminou com vitória atleticana por 1 a 0, no último dia 3 de junho, com gol de Hulk.
Campanhas de Atlético-MG e Cruzeiro como mandantes
Atlético-MG
- Atlético-MG 1 x 2 Vasco — Mineirão (15/4)
- Atlético-MG 2 x 1 Athletico-PR — Mineirão (29/4)
- Atlético-MG 2 x 0 Internacional — Mineirão (13/5)
- Atlético-MG 1 x 1 Palmeiras — Mineirão (28/5)
- Atlético-MG 1 x 1 Bragantino — Mineirão (10/6)
Cruzeiro
- Cruzeiro 1 x 0 Grêmio — Independência (22/4)
- Cruzeiro 2 x 1 Santos — Independência (6/5)
- Cruzeiro 0 x 2 Fluminense — Mineirão (10/5)
- Cruzeiro 0 x 1 Cuiabá — Arena do Jacaré (22/5)
- Cruzeiro 0 x 1 Atlético-MG — Parque do Sabiá (3/6)
- Cruzeiro 0 x 1 Fortaleza — Mineirão (21/6)
- Cruzeiro 1 x 0 São Paulo — Independência (24/6)
Campanhas de Atlético-MG e Cruzeiro como visitantes
Atlético-MG
- Santos 0 x 0 Atlético-MG — Vila Belmiro (23/4)
- Botafogo 2 x 0 Atlético-MG — Nilton Santos (7/5)
- Cuiabá 0 x 4 Atlético-MG — Arena Pantanal (10/5)
- Coritiba 1 x 2 Atlético-MG — Couto Pereira (20/5)
- Cruzeiro 0 x 1 Atlético-MG — Parque do Sabiá (3/6)
- Fluminense 1 x 1 Atlético-MG — Maracanã (21/6)
- Fortaleza 2 x 1 Atlético-MG — Castelão (24/6)
Cruzeiro
- Corinthians 2 x 1 Cruzeiro — Neo Química Arena (16/4)
- Bragantino 0 x 3 Cruzeiro — Nabi Abi Chedid (29/4)
- América-MG 0 x 4 Cruzeiro — Independência (14/5)
- Flamengo 1 x 1 Cruzeiro — Maracanã (27/5)
- Bahia 2 x 2 Cruzeiro — Fonte Nova (10/6)