Apesar de ainda ter onde melhorar, o futebol apresentado por Wesley tem ganhado corpo e suas atuações pelo Cruzeiro demonstram evolução. O jogador tem mostrado bastante entrega, tanto defensiva, quanto ofensiva, sendo peça importante na marcação pelo lado direito, conseguindo “dobrar” com William, dando mais segurança para as investidas ofensivas do lateral.

Além disso, por ter boa velocidade e condução, Wesley consegue desafogar a saída de bola do Cruzeiro quando o time rouba bolas pela lateral. Sua presença permite que a Raposa tenha uma boa válvula de escape para os contra-ataques.

Wesley também tem melhorado no que diz respeito a criação de chances de gols para si e para seus companheiros. Bastante dinâmico, o jogador recebe muitas bolas durante o jogo e tem conseguido gerar preocupação para as defesas adversárias.

 

 

 

 

 

A evolução de Wesley é nítida em relação aos primeiros meses do ano, quando ele chegou a ser reserva da equipe. O camisa 11 começou a temporada jogando no lado esquerdo do ataque celeste, ainda com Paulo Pezzolano, e viu seu desempenho melhorar quando passou a atuar na direita, com Pepa.

A chegada do português, inclusive, parece ter feito bem para o jogador, que consegue maior espaço para progredir com a bola dominada no lado direito e ainda vê Bruno Rodrigues pela esquerda, local onde o camisa 9 se sente mais confortável.

 

Apesar de dar sinais de melhora nas últimas semanas, Wesley ainda tem aspectos a acrescentar no seu jogo. O principal deles talvez seja a finalização, problema que o atacante traz de outras épocas. Até chegar no Cruzeiro, no início de 2023, o camisa 11 tinha apenas 18 gols na carreira. Na Raposa, o atacante marcou três vezes.

Os problemas na concretização de jogadas não são exclusividade de Wesley no Cruzeiro, o time sofre com isso como um todo. Mas, ainda assim, é necessário um bom poder de conclusão dos pontas de uma equipe que utiliza tanto os lados do campo para atacar.

Algumas falhas técnicas do jogador também chamam a atenção. Em determinados lances o jogador se precipita e acaba “matando” boas oportunidades de ataque com passes e cruzamentos ruins.

Wesley é daqueles jogadores chamados, no meio do futebol, de “lisos”. Com facilidade no drible, o camisa 11 consegue enfileirar adversários, principalmente quando parte com a bola de trás. Apesar dessa característica, em certas ocasiões acaba exagerando na dose e demora a fazer o passe, o que resulta em perdas de posse e dá a oportunidade dos rivais contra-atacarem.

Com cinco temporadas de profissional, Wesley ainda é jovem e encontra no Cruzeiro uma sequência como titular que não teve no Palmeiras. A tendência é que o jogador evolua cada vez mais e que corrigindo algumas deficiências se torne muito importante para a sequência do clube.

Parte da torcida ainda se mostra impaciente com o atacante, que fez apenas três gols e deu uma assistência nos 21 jogos disputados na temporada, mas ainda há tempo para que o camisa 11 faça valer o investimento feito pela gestão de Ronaldo Fenômeno em sua contratação.