O treinador Pepa, logo após a partida contra o Bahia, deu folga para o elenco até a quinta-feira (15). Depois disso, os jogadores se reapresentam em Belo Horizonte e passam a trabalhar visando o Fortaleza e a recuperação na temporada. O Cruzeiro venceu apenas um de seus últimos oito jogos disputados.

 

 

 

 

 

Com o período sem jogos, o Cruzeiro terá uma série de desafios para espantar a má fase e se reencontrar com as vitórias. O Superesportes listou os principais deles:

Uma das principais críticas ao time do Cruzeiro é pela ineficiência da equipe no momento das finalizações. A equipe celeste precisa de um número alto de conclusões para marcar e isso tem afetado os resultados, já que os jogadores criam muitas oportunidades, algumas excelentes, mas não conseguem fazer os gols.

Na partida contra o Bahia, Bruno Rodrigues e Wesley até conseguiram fazer gols em ótimas finalizações, o que gerou um certo alívio na torcida. Mas, por outro lado, os centroavantes do time, Gilberto e Henrique Dourado, voltaram a desperdiçar chances claras de gol, acentuando o mau momento que vivem. O camisa 21 tem seis gols em 22 partidas no ano, enquanto o 99 fez um gol em nove partidas.

Recuperar os homens de frente se torna uma missão primordial para Pepa e o período sem jogos dá espaço para que seja adotado um trabalho específico com os atletas.

Outro problema que tem custado pontos para o Cruzeiro de forma sistemática é a insegurança defensiva. Erros individuais ou de marcação tem feito com que a Raposa sofra muitos gols. Contra o Bahia, um apagão na defesa em jogada de escanteio permitiu que o time celeste levasse o empate, que acabou custando aquela que seria uma importante vitória no Campeonato Brasileiro.

É importante que Pepa corrija as falhas defensivas, visto que essas vinham custando pontos em jogos nos quais o ataque não funcionou, e agora foram decisivas num jogo que o time conseguiu marcar duas vezes.

 

 

O tempo sem jogos vai permitir que o Cruzeiro consiga recuperar seus jogadores. Com um elenco curto que sofreu com lesões de jogadores importantes, como as do volante Ramiro e do ponta Rafael Bilu, o treinador Pepa tem sido obrigado a exigir bastante de alguns atletas, como o atacante Bruno Rodrigues. O camisa 9, destaque do time na temporada, chegou a receber injeções para conseguir jogar. O lateral-direito William, que tem histórico de lesões e vinha jogando quase ininterruptamente, também poderá se beneficiar do descanso.

Apesar dessa não ser uma responsabilidade do Cruzeiro, em si, o Mineirão terá alguns dias para que seu gramado se recupere. Com grande quantidade de eventos não-futebolísticos, o Gigante da Pampulha não tem apresentado um gramado aceitável e isso vem afastando a Raposa da sua principal casa na história. Quando atua no estádio, a condição do campo incomoda os jogadores.

Em 2023, o Cruzeiro já mandou jogos em cinco estádios diferentes: Mineirão, em Belo Horizonte (MG); Independência, em Belo Horizonte (MG); Kléber Andrade, em Cariacica (ES); Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG); Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG).

 

 

 

 

A vida de nômade da Raposa não tem sido benéfica para a equipe, que venceu somente três dos seus doze jogos em casa na temporada. Já se passou um mês da última vitória celeste como mandante, contra o Santos, por 2 a 1, no último dia 6 de maio.

Contra o Fortaleza, o Cruzeiro jogará no Mineirão. O gramado do estádio está muito deficitário e terá, agora, alguns dias para ser recuperado. Caso isso não aconteça, o time celeste terá que se adaptar, já que o Independência passa por um troca de gramado — está sendo instalada a grama de inverno na arena —, e só fica disponível para a partida da Raposa contra o São Paulo, no dia 24 de junho.