A sequência positiva do Cruzeiro sob o comando do técnico Pepa na Série A do Campeonato Brasileiro chegou ao fim na noite desta quarta-feira (10/5). Desfalcado de sua dupla de volantes titular, o time celeste foi dominado pelo Fluminense no setor de meio-campo - principalmente no segundo tempo -, desperdiçou pênalti e acabou derrotado por 2 a 0. A partida pela quinta rodada também marcou o retorno do clube ao Mineirão após seis meses longe de 'casa'. 

 

 

A derrota colocou fim à sequência de três vitórias seguidas da Raposa no Brasileirão (contra Grêmio, Bragantino e Santos). Com o placar, o Cruzeiro permaneceu com nove pontos, mas caiu para a quinta colocação. Já o Tricolor chegou aos 10 e subiu para terceiro. Ambos os times podem perder posições no desfecho da rodada. 

 

Data: 10 de maio de 2023, quarta-feira

Horário: 21h30 (de Brasília)

Duração: 119 minutos (50 + 59)

Local: Mineirão, em Belo Horizonte-MG

Competição: Campeonato Brasileiro - 5ª rodada

Público: 51.846 torcedores

Renda: R$ 2.513.295,00

Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (Fifa/SP)

Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (Fifa/SP) e Evandro de Melo Lima (SP)

VAR: Daiane Muniz (Fifa/SP)

Gols: Ganso (aos 43' do 1ºT) e Cano (aos 8' do 2ºT)

Cartões amarelos: Wesley (Cruzeiro); Marcelo, Thiago Santos e Manoel (Fluminense)

Cartão vermelho: André (aos 31' do 2ºT) 

 

Se engana quem vê apenas o placar e pensa que o Cruzeiro se acovardou diante do Fluminense, considerado por muitos torcedores o time que pratica o melhor futebol do país no momento. Mesmo com três mudanças na equipe titular em relação ao último jogo, os mineiros partiram para cima do adversário no Mineirão - ao todo, foram 27 finalizações. 

Os estilos de jogo prepositivos de Pepa e Fernando Diniz ficaram bem nítidos desde os primeiros minutos da etapa inicial. Raposa e Tricolor das Laranjeiras apostaram em jogadas trabalhadas pelo meio-campo e contra-ataques rápidos pelas laterais. 

 

 

Embora estivesse com um bom volume ofensivo, o Cruzeiro não conseguiu aproveitar suas oportunidades. Em contrapartida, o Fluminense foi letal. Aos 43', depois de uma bola rebatida na área estrelada, Paulo Henrique Ganso não perdoou Rafael Cabral e mandou para o fundo da rede: 1 a 0. 

As estatísticas ofensivas resumiram bem como foi o primeiro tempo. O Cruzeiro finalizou oito vezes (só uma no alvo), enquanto os cariocas chutaram sete vezes (cinco na meta). A posse de bola dos visitantes também foi maior (59% x 41%). 

A tônica não se repetiu no segundo tempo. O Cruzeiro voltou do intervalo muito desligado, desatento na marcação e com pouco capricho nos passes próximo a sua defesa. As perdas de bola deixaram o time exposto ao forte ataque carioca. 

 

Aos 8', o Flu teve mais uma chance de ampliar e não desperdiçou. Ganso tabelou com Arias na ponta direita, o meia ajeitou para Guga cruzar na medida para Germán Cano. O artilheiro das Laranjeiras achou um espaço nas costas da zaga cruzeirense e testou firme no canto esquerdo de Cabral: 2 a 0. 

 

Atônito no jogo, o Cruzeiro se viu obrigado a fazer algo de diferente. Pepa mexeu três vezes e lançou o time ao ataque. Porém, as mudanças não surtiram efeito. Na maior chance da Raposa na partida, Bruno Rodrigues falhou duas vezes. 

 

O atacante teve a oportunidade de descontar em cobrança de pênalti, aos 30', mas desperdiçou. Ele bateu firme no canto esquerdo, e Fábio voou para defender. No entanto, o árbitro mandou voltar a cobrança já que o ídolo do Cruzeiro se adiantou. Na segunda tentativa, Bruno acertou a trave. 

 

Antes da derradeira cobrança, um lance no mínimo inusitado ocorreu. Henrique Dourado e Bruno Rodrigues entraram em conflito para assumir a responsabilidade da batida. 

 

O Fluminense perdeu André, expulso por reclamação no lance do pênalti. Sem o volante, Diniz fez três mexidas e recuou a equipe para segurar o resultado. E assim foi até o fim: pressão do lado azul e retranca tricolor.