No jogo contra o Grêmio, neste sábado (22/4), o Cruzeiro estreia como mandante no Campeonato Brasileiro. No reencontro com a torcida, uma preocupação vem à tona: a LGBTfobia. No ano passado, o time celeste quase foi punido pelo STJD com a perda de três pontos. O imbróglio teve como motivação o comportamento de alguns torcedores que entoaram cânticos homofóbicos contra os gaúchos. A torcida Tricolor compareceu ao Independência, em maio de 2022, para acompanhar a partida da sexta rodada da Série B, e foi hostilizada. Naquele jogo, a Raposa venceu o Tricolor por 1 a 0.
Para que a situação não se repita, diversos torcedores do Cruzeiro emitiram alertas nas redes sociais durante esta semana pedindo respeito à diversidade. "Por favor, não façam isso, mesmo que a torcida deles comece com cânticos homofóbicos, não vamos responder na mesma moeda. Além de ser falta de respeito, prejudica o Cruzeiro. Cantem músicas de apoio ao Cruzeiro", pediu um torcedor no Twitter.
"Que mente pequena [de quem entoa cânticos homofóbicos]. Cânticos homofóbicos não fazem gols, não empurram o time. Depois, se tiver punição, não adianta reclamar", alertou outro torcedor.
"Gente, pelo amor de Deus, sábado nada de cantar 'arerê, gaúcho dá o c# e fala tchê", pediu mais um apoiador celeste.
Devido aos cânticos homofóbicos em 2022, o Cruzeiro teve que firmar um acordo com a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva para não ser julgado. Dessa forma, a Raposa evitou a perda dos três pontos conquistados no Independência. No entanto, o clube pagou uma multa de R$ 30 mil.
Para incentivar o respeito à diversidade, o Cruzeiro ainda realizou diversas ações de marketing em junho demonstrando apoio ao mês do orgulho LGBTQIAP+. As bandeirinhas de escanteio nos jogos do time celeste tinham as cores do arco-íris, assim como a braçadeira de capitão. "Ou lutamos contra a LGBTfobia ou somos parte do problema", ressaltou o perfil do Cruzeiro do Twitter à época.