O Cruzeiro foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais em 7 de março por conta das confusões no clássico contra o Atlético e teve o seu recurso negado na última terça-feira (28/3). Com isso, foram mantidas a perda de mando de campo em dois jogos e a multa de R$ 20 mil.
O duelo com o rival ocorreu em 13 de fevereiro e foi válido pela primeira fase do Campeonato Mineiro. Por conta disso, o Cruzeiro cumprirá esta punição de duas partidas sem mando de campo justamente no início da próxima edição do Estadual, em 2024.
Como trata-se de uma condenação em âmbito estadual, a Raposa poderá mandar os seus jogos no Brasileirão e na Copa do Brasil no estádio em que desejar. Nesta temporada, a equipe já utilizou o Independência, a Arena do Jacaré e no estádio Kléber Andrade, em Cariacica-ES.
No Campeonato Brasileiro, a equipe fará a sua primeira partida como mandante contra o Grêmio, na segunda rodada do torneio, no fim de semana de 23 abril. Na semana seguinte, nos dias 25, 26 ou 27 de abril, o Cruzeiro receberá o Náutico em Minas Gerais para o jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil.
Incidentes no clássico
Cruzeiro e Atlético se enfrentaram em 13 de fevereiro, no Independência, em Belo Horizonte, e empataram por 1 a 1 pela 5ª rodada do Campeonato Mineiro de 2023. O jogo ficou marcado por diversos incidentes, os quais foram detalhados pelo árbitro Paulo César Zanovelli (Fifa) na súmula do jogo.
O clássico foi paralisado sete vezes por arremessos de copos plásticos, bombas, tênis e isqueiros no gramado. O juiz ainda detalhou que boa parte dos atos foram realizados pela torcida celeste. Em outros momentos, não foi possível identificar quem jogou objetos em campo.
A Polícia Militar (PMMG) conseguiu deter alguns torcedores envolvidos nas irregularidades, de acordo com relato na súmula. Quatro boletins de ocorrências foram feitos. Apesar destes incidentes, não houve feridos.
De acordo com o observado pela reportagem do Superesportes durante o início da partida, a maioria dos copos foi jogada pela torcida cruzeirense, mas os atleticanos também arremessaram objetos no espaço reservado aos mandantes.
A área com mais foco dos torcedores do Cruzeiro foi o banco de reservas do Atlético. Os suplentes chegaram a ser atingidos, assim como o técnico argentino Eduardo Coudet, que chegou a ajudar na retirada dos itens por parte do quarto árbitro.
Já no segundo tempo, duas bombas foram arremessadas ao gramado e estouraram em meio à partida. Primeiro, uma próxima ao goleiro Rafael Cabral e à marca do pênalti foi jogada, aos 17 minutos.
Depois, aos 37', após o gol de empate do atacante Hulk, uma bomba caiu em frente ao banco de reservas do Cruzeiro e atrás do técnico uruguaio Paulo Pezzolano, hoje ex-Raposa. Apesar da explosão, o treinador não se assustou, enquanto gandula e outras pessoas presentes mostraram preocupação.
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