O clássico entre Cruzeiro e Atlético contou com diversos incidentes em campo (Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press)

Punido pelos incidentes no clássico diante do Atlético, no estádio Independência, pela 5ª rodada do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro teve pedido de efeito suspensivo negado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) nesta segunda-feira (13). O clube celeste recorreu da decisão inicial do órgão regulador e aguarda a marcação do julgamento. 



 
Raposa foi penalizada com a perda de dois mandos de campo, além de R$ 20 mil de multa. No entanto, a pena ainda não precisou ser cumprida na derrota por 2 a 0 para o América, nesse sábado (11), pela ida da semifinal do Estadual. 
 
Na oportunidade, o time estrelado mandou a partida na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, por força de contrato com o Coelho, que não poderia atuar no Horto na condição de visitante.
 
De acordo com o regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em caso de perda de mandos de campo, o novo local da partida deverá ser distante, no mínimo, 100 quilômetros do município de origem. 



 
Por sua vez, a norma da Federação Mineira de Futebol (FMF) obriga uma distância mínima de apenas 50 quilômetros. 
 
Dessa forma, caso o recurso do Cruzeiro seja julgado e a punição mantida, corre o risco de a equipe celeste ter de jogar longe de Belo Horizonte em uma eventual final do Mineiro. Para avançar à decisão, a Raposa precisa vencer o América por no mínimo três gols de diferença neste domingo (19), às 18h. 
 

Incidentes no clássico


Cruzeiro e Atlético se enfrentaram em 13 de fevereiro no Independência e empataram por 1 a 1 pela 5ª rodada do Campeonato Mineiro de 2023. O jogo ficou marcado por diversos incidentes, os quais foram detalhados pelo árbitro Paulo César Zanovelli (Fifa) na súmula do jogo, relato que acarretou o julgamento desta noite.
 
 
O clássico foi paralisada sete vezes por arremessos de copos plásticos, bombas, tênis e isqueiros no gramado. O juiz ainda detalhou que alguns desses foram feitos pela torcida cruzeirense. Em outros momentos, não foi possível identificar quem jogou objetos em campo.




A Polícia Militar (PMMG) conseguiu deter alguns torcedores envolvidos nessas irregularidades, de acordo com relato na súmula. Quatro boletins de ocorrências foram feitos. Apesar destes incidentes, não houve feridos.
 
De acordo com o observado pela reportagem do Superesportes durante o início da partida, a maioria dos copos foi jogada pela torcida cruzeirense, mas os atleticanos também arremessaram o objeto no espaço reservado aos mandantes.

A área com mais foco dos torcedores do Cruzeiro foi o banco de reservas do Atlético. Os suplentes chegaram a ser atingidos, assim como o técnico argentino Eduardo Coudet, que chegou a ajudar na retirada dos objetos por parte do quarto árbitro.



 
Já no segundo tempo, duas bombas foram arremessadas ao gramado e estouraram em meio à partida. Primeiro, uma próxima ao goleiro Rafael Cabral e à marca do pênalti foi jogada, aos 17 minutos.

Depois, aos 37', após o gol de empate do atacante Hulk, uma bomba caiu em frente ao banco de reservas do Cruzeiro e atrás do técnico uruguaio Paulo Pezzolano. Apesar da explosão, o treinador não se assustou, enquanto gandula e outras pessoas presentes mostraram preocupação.