Pezzolano foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro com o Cruzeiro (Foto: Cris Mattos/Cruzeiro)
Contratado com status de 'aposta', o técnico Paulo Pezzolano provou seu valor e deixou seu nome marcado na história do Cruzeiro ao conquistar o acesso à Série A e o título da Série B do Campeonato Brasileiro. Ele teve aproveitamento semelhante ao de outros quatro treinadores que fizeram temporadas completas à frente do clube no último século.
Pezzolano comandou o Cruzeiro em 58 partidas neste ano e teve aproveitamento de 66,09%. Ao todo, foram 35 vitórias, dez empates e 13 derrotas, além de 94 gols marcados e 48 sofridos. Ele ainda foi finalista do Campeonato Mineiro e caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil.
No Mineiro, o Cruzeiro fez 14 apresentações, teve nove triunfos, um empate e quatro reveses. Já na Copa do Brasil o desempenho foi um pouco pior: três vitórias e três derrotas. Por sua vez, a campanha na Série B foi quase perfeita. Em 38 rodadas, foram 23 vitórias, nove empates e apenas seis derrotas.
O treinador uruguaio conseguiu um feito quase inimaginável pelo torcedor cruzeirense nos últimos anos. Desde o ano do rebaixamento, em 2019, o clube mineiro teve dez comandantes além de Pezzolano - média de três meses de trabalho para cada um.
Apenas quatro técnicos conseguiram fechar um ciclo completo no cargo no último século. Foram eles: Vanderlei Luxemburgo (2003), Adilson Batista (2008 e 2009), Marcelo Oliveira (2013 e 2014) e Mano Menezes (2017 e 2018).
As estatísticas de Pezzolano só não são melhores do que as de Luxemburgo (2003), Adilson Batista (2009) e Marcelo Oliveira (2013 e 2014). No entanto, o uruguaio supera os números das campanhas vitoriosas da Raposa com Mano Menezes, em 2017 e 2018.
Desempenhos dos treinadores com trabalhos completos no século
- Vanderlei Luxemburgo (2003) - 71 jogos, 50 vitórias, 13 empates e 8 derrotas (76,52% de aproveitamento)
- Adilson Batista (2008) - 62 jogos, 37 vitórias, 9 empates e 16 derrotas (64,51% de aproveitamento)
- Adilson Batista (2009) - 67 jogos, 39 vitórias, 16 empates e 12 derrotas (66,16% de aproveitamento)
- Marcelo Oliveira (2013) - 60 jogos, 42 vitórias, 8 empates e 10 derrotas (74,44% de aproveitamento)
- Marcelo Oliveira (2014) - 71 jogos, 43 vitórias, 16 empates e 12 derrotas (68,07% de aproveitamento)
- Mano Menezes (2017) - 74 jogos, 35 vitórias, 24 empates e 15 derrotas (58,10% de aproveitamento)
- Mano Menezes (2018) - 72 jogos, 36 vitórias, 18 empates e 18 derrotas (58,33% de aproveitamento)
- Paulo Pezzolano (2022) - 58 jogos, 35 vitórias, 10 empates e 13 derrotas (66,09% de aproveitamento)
Com exceção a Adilson, todos conquistaram taças nacionais, assim como Pezzolano. Luxemburgo ergueu a Tríplice Coroa, em 2003; Marcelo Oliveira foi bicampeão brasileiro consecutivo, em 2013 e 2014; e Mano Menezes faturou as Copas do Brasil, em 2017 e 2018.
Já Adilson Batista venceu dois Mineiros, em 2008 e 2009.
Pezzolano terá a chance de ampliar seus número na próxima temporada, quando conduzirá a equipe no retorno à elite nacional. Ele tem contrato válido com o Cruzeiro até o fim de 2023.