Diretor comercial da Minas Arena, Samuel Lloyd afirmou, nesta segunda-feira (24), que a concessionária está perto de estabelecer um acordo com o Cruzeiro para uma parceria na administração do Mineirão nos próximos anos. O executivo garantiu que o contrato de concessão com o Estado será cumprido até 2037.
Em entrevista concedida durante a reunião arbitral do Campeonato Mineiro de 2023, no Mineirão, Lloyd disse que a parceria com o Cruzeiro tem o intuito de gerar mais receitas ao clube.
"Nada muda aqui no Mineirão nos próximos anos. Estamos perto de chegar a um acordo com o Cruzeiro. Nosso foco é que o Mineirão seja sempre visto como multiplicador das receitas dos clubes. E nosso lado aqui, junto ao Cruzeiro, que é o nosso grande parceiro para os próximos anos, é que a gente consiga aumentar ainda mais as possibilidades de receita do clube", iniciou.
Relação conturbada com o Governo de Minas
Lloyd confirmou que a Minas Arena seguirá honrando o contrato de concessão do Gigante da Pampulha, embora o governador Romeu Zema (Novo) tenha dito que está aberto a negociar a gestão do estádio com Ronaldo Fenômeno, sócio majoritário da SAF celeste. Na ocasião, o político lembrou que, para isso ocorrer, o empresário teria que bancar o valor da multa rescisória.
O secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, disse ao Superesportes que essa indenização gira em torno de R$ 400 milhões. Partiu dele a informação de que o estado deseja romper com a concessão com a Minas Arena e transferir a gestão para um novo consórcio, dessa vez integrado pelo Cruzeiro.
Samuel Lloyd tratou o assunto como 'promessas de campanha'.
"O Mineirão é esse espaço aí, ele tem muito diálogo, muitas fake news e declarações. O que a gente pode dizer neste momento é que o contrato está vigente e deve continuar vigente até 2037. Acho que neste momento de campanha política, essas declarações acabam ficando mais exageradas", disse Lloyd.
Desde 2013, o estado já pagou à Minas Arena R$ 1,054 bilhão como indenização pelos investimentos na reconstrução e na administração do Mineirão. Até o fim do contrato de concessão, com duração total de 27 anos, há a previsão de mais de R$ 800 milhões em repasses. A atualização da dívida é feita pela taxa Selic.
Ampliação de receitas do Cruzeiro
Ainda segundo Lloyd, com o acordo, a Minas Arena auxiliará o Cruzeiro na ampliação das receitas. A ideia é expandir ainda mais as propriedades comerciais do estádio, com a venda de patrocinadores e ativação de novas marcas.
"O que nós sabemos é que o contrato para o ano que vem ou próximos anos, são contratos que ampliam as receitas dos clubes, as propriedades comerciais. É nesse caminho que a gente deve seguir para os contratos no futuro e criando outras propriedades, como a possibilidade de ganho junto com vendas de patrocinadores e trazendo novas ativações de marcas. Movimentar o Mineirão e trazer benefício para ambas as partes", concluiu.