Nesta edição da Série B, considerada a mais difícil da história, o Cruzeiro sobrou e foi campeão antes mesmo de seus principais rivais confirmarem o acesso. O time dirigido por Paulo Pezzolano bateu dois recordes ao festejar a volta à Série A na 31ª rodada e conquistar o título na 32ª, a seis partidas do fim da competição.

O Cruzeiro chegou a 71 pontos em 32 jogos realizados, com 21 vitórias, oito empates e apenas três derrotas. O aproveitamento na Série B é de 74%.

A Raposa contrariou todas as previsões de uma competição mais equilibrada pela presença de seis campeões brasileiros na elite: o próprio Cruzeiro (1966, 2003, 2013 e 2014), Grêmio (1981 e 1996), Bahia (1959 e 1988), Vasco (1974, 1989, 1997 e 2000), Sport (1987) e Guarani (1978).

A diferença de pontos do Cruzeiro para os concorrentes é tão expressiva que o Grêmio, vice-líder, com 53 pontos, ainda está em busca do acesso. Segundo o site Probabilidades no Futebol, do Departamento de Matemática da UFMG, as chances de o clube gaúcho subir à Série A são de 95,1%.

Nessa sexta-feira (30), o Grêmio foi derrotado por 2 a 1 pelo Sampaio Corrêa, no Castelão, em São Luís-MA. O Tricolor, agora dirigido por Renato Gaúcho, ainda mostra a mesma instabilidade apresentada nos tempos de Roger Machado.

Terceiro colocado, com 52 pontos, o Bahia tem 89,7% de chance de subir, segundo a UFMG. Também nessa sexta, o Tricolor de Aço foi batido de virada pela Chapecoense, por 3 a 1, na Arena Condá, em Chapecó.

O integrante do G4 mais ameaçado a seis rodadas do fim da Série B é o Vasco, com 49 pontos. Muito irregular, o cruz-maltino vem de derrota para o Cruzeiro, por 3 a 0, no Mineirão, e empate por 1 a 1 com o rival direto Londrina, em São Januário.

De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, o clube carioca tem 44% de chance de subir para a Série A. Correm por fora Ituano, Londrina, Sport, Sampaio Corrêa, Criciúma, Tombense e Ponte Preta. Outras equipes têm menos de 1% de possibilidade de ascender à elite nacional em 2023.