O jogo entre Cruzeiro e Vasco, pela Série B, foi mais um com confusão na entrada de torcedores no Mineirão. Na noite desta quarta-feira, vários cruzeirenses foram flagrados pulando ou passando por baixo de catracas para acessar as arquibancadas do Gigante da Pampulha. As imagens foram registradas pelo Superesportes - veja abaixo.
Os problemas aconteceram no setor amarelo inferior, quando a bateria de uma torcida organizada chegou ao estádio. Também houve invasão no setor amarelo superior, mesmo com fiscalização de integrantes da Máfia Azul. Haviam poucos policiais no local.
Festa da torcida do Cruzeiro no Mineirão diante do Vasco
As cenas de invasão no Mineirão foram registradas em vários jogos da campanha do Cruzeiro na Série B. Em um dos jogos mais recentes, contra o Criciúma, houve muita confusão. Muitos cruzeirenses pularam o alambrado e invadiram a área de acesso aos assentos. A Polícia Militar precisou intervir com uso da força.
Muitos torcedores deixaram para acessar as arquibancadas do Mineirão próximo ao horário da partida. Em razão das grandes filas para entrar no estádio pelo Setor Amarelo, centenas de cruzeirenses forçaram e conseguiram derrubar as grades do alambrado.
Para conter parte da invasão, a PM utilizou gás lacrimogêneo e tentou impedir o avanço dos torcedores sem ingressos com cacetadas. Idosos, crianças e mulheres também foram atingidos.
Diogenes Peterson, cruzeirense de 27 anos, foi um dos torcedores marcados pela grande desorganização vista na entrada do Gigante da Pampulha. O gerente de banco fraturou o maxilar em dois pontos ao ser agredido pela Polícia Militar de Minas Gerais no Portão C, na entrada para o setor Amarelo Superior.
"Assim que cheguei ao estádio, comecei a conversar com um conhecido, que é segurança da Minas Arena, no portão ao lado do que as organizadas invadiram. Ele correu para tentar fechar os portões, um amigo dele de profissão foi empurrado por esses 'torcedores', e logo a polícia veio. Para sair da confusão, fui para o lado e quando estava quase encostado na grade passou um grupo de quatro policiais", conta Diogenes ao Superesportes.
"Eu estava com as mãos levantadas quando recebi um spray de pimenta no olho de um dos policiais. Continuei com as mãos para o alto falando que estava sozinho, mas o outro policial olhou na minha cara e bateu com o cassetete bem no lado esquerdo do meu rosto", complementa.