Por unanimidade, a 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu, nesta quarta-feira (20), o técnico Paulo Pezzolano, do Cruzeiro, por expulsão no empate por 2 a 2 com o Grêmio, no dia 21 de agosto, pela 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com isso, o uruguaio estará no banco de reservas no jogo contra o Vasco.

O STJD julgou Pezzolano com base no Artigo 258, Inciso II, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que cita "conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva". 

A defesa do Cruzeiro foi feita pelo advogado Michel Asseff, que destacou que o árbitro não detalhou na súmula quais seriam as infrações cometidas pelo treinador uruguaio.

"Ele (árbitro) julga o que é acintoso, mas não demonstra na súmula, quem tem que entender se é acintoso ou não são os senhores. Ele não explicou o motivo do primeiro cartão amarelo, ele (árbitro) precisa dizer o que aconteceu, aqui está escrito gestos ou verbos, não dá para saber o que aconteceu. Não há prova além da súmula da partida", disse.

Asseff chegou a citar o treinador português Jorge Jesus, que tinha uma conduta similar na área técnica quando treinava o Flamengo.



"Em relação ao segundo cartão amarelo, o fato foi o que vocês viram, o árbitro está alegando que o soco foi contra a arbitragem, ele olhou para o lado e deu socos no ar. O que ele (Pezzolano) fez não é nada demais. Volto aos tempos de Jorge Jesus, que à época do Flamengo, não parava de fazer isso, dava socos no ar, muito pior do que o Pezzolano fez. Expulsar o técnico pelo que ele fez é demais", afirmou.

A 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitou os argumentos do advogado do Cruzeiro.