Edu é o artilheiro do Cruzeiro em 2022, com 19 gols em 41 jogos (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


Assim que soava o alarme da escola, o pequeno Edu sabia exatamente o que fazer. Corria para perto dos amigos em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Entre uma brincadeira e outra, tinha as preferidas: jogar futebol e soltar pipa. No primeiro caso, podia escolher entre as tantas que guardava em casa. Era um prenúncio do que aconteceria ao garoto, que anos depois se tornaria o goleador do Cruzeiro.





"Uma vez a gente foi fazer uma mudança de um bairro para outro. Minha mãe contou a quantidade de bolas no caminhão. Eram 23 bolas no caminhão de mudança (risos). Isso já prova o quanto o futebol sempre fez parte da minha vida", relembra, bem-humorado, o atacante em entrevista exclusiva ao Superesportes (escute a íntegra abaixo).

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Desde aqueles tempos, o garoto sabia: o futebol sempre foi seu maior companheiro. Mas nenhuma relação se constrói sem atritos. E os primeiros vieram logo cedo, nas categorias de base. Os insucessos no Vasco e do Botafogo precederam o 'não' recebido do Flamengo no último ano de sub-20. Desta vez, por culpa do próprio Edu, ele admite.

Os tempos de farra extracampo e a forte concorrência na Gávea - onde Hernane Brocador e Marcelo Moreno estavam - afastaram o garoto dali. Começavam, então, as andanças pelo 'lado B' da bola.




Incentivado pelo pai, Edu passou por São Gonçalo, Boavista, Itaboraí, Portuguesa-RJ. Em 2018, o centroavante ganhava por jogo na várzea. Naquele ano, sagrou-se campeão regional da Liga Atlética Ubaense, na Zona da Mata de Minas Gerais, atuando pelo Portuense, da cidade de Astolfo Dutra, com pouco mais de 14 mil habitantes.

Depressão e redenção


O caminho de Edu seguiu tortuoso e cheio de obstáculos até que, em 2020, teve de enfrentar o maior deles. Lesionou-se gravemente com a camisa do Brusque e pensou em abandonar a carreira. Mais do que isso, cogitou abreviar a vida. Mas buscou ajuda.

"O processo da minha lesão no joelho sem dúvidas foi o pior processo que enfrentei na minha carreira", lembra o atacante. "Na reta final da minha recuperação, a única coisa que pedi a Deus era que me permitisse jogar uma pelada", prosseguiu.




"Sozinho, não teria como não, cara. Sozinho é bem complicado mesmo. No início, eu tive muito problema de saúde mental. Era uma parada que azucrinava minha mesmo minha mente. Não é vergonha para ninguém procurar ajuda, muito pelo contrário. Talvez, se eu não tivesse procurado ajuda, eu não seria hoje o Edu que está aqui vivendo tudo o que estou vivendo", disse.

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Edu buscou ajuda e conseguiu se reerguer. Voltou mais forte em 2021. E brilhou. Foi o artilheiro da Série B, ajudou a evitar o rebaixamento do Brusque e ficou em evidência no cenário nacional. E aí veio o convite do Cruzeiro.

Vivendo o sonho


Aos 28 anos, Edu sorriu como o menino que colecionava bolas na infância. Disse não ter pensado duas vezes antes de aceitar o Cruzeiro e se recusar a ouvir outras propostas. Era a oportunidade de viver o sonho de defender profissionalmente um grande clube.




"A gente aceitou o desafio com muita humildade. Formamos um grupo muito forte. É o que a gente sempre fala aqui: 'Não temos um ou dois jogadores que vão pegar a bola na zaga e levar até dentro do gol', como muitos fenômenos fazem no futebol. A gente tem um elenco muito forte, uma humildade muito forte para trabalhar. Desde o início do ano, da pré-temporada, a gente sabia que alcançaríamos o objetivo se fosse dessa forma", disse. 


Em pouco tempo, Edu se tornou peça fundamental do elenco cruzeirense. É o artilheiro do time no ano, com 19 gols e 41 jogos. Nessa reta final, pode superar as marcas de Ricardo Goulart e Marcelo Moreno, que marcaram 24 vezes em 2014 e são os artilheiros anuais do clube nas dez últimas temporadas. Mas o foco é outro.

"Minha ambição, hoje, é o acesso na Série B e, posteriormente, o título. Tenho muita vontade de ser campeão, isso é muito importante para a carreira do atleta. Eu tenho contrato aqui de mais dois anos, até o final de 2024. Minha ambição é continuar, é, se Deus quiser, jogar a Série A aqui, que é o grande sonho que tenho", sonhou o jogador que colecionava bolas e agora coleciona gols.




Leia as principais respostas de Edu


Edu segura a letra 'A', em menção ao iminente acesso do Cruzeiro no Brasileirão (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Superesportes: No Brusque, você viveu um período muito bom com a artilharia da Série B. Mas, antes disso, teve um momento bem complicado com a lesão. Como foi lidar com essa situação?

Edu: "O processo da minha lesão no joelho sem dúvidas foi o pior processo que enfrentei na minha carreira. Estava vindo numa sequência muito boa no ano, com 15 jogos e 12 gols. Aí veio a pandemia e parou o futebol durante três ou quatro meses. Quando voltou, no quarto ou no quinto jogo eu rompi o ligamento do joelho.

Foi um momento bem delicado. Logo depois, tive as consultas com o doutor Daniel, que foi o médico que me operou. É um cara que sou muito grato por tudo o que fez por mim. Quando ele falou que eu teria que operar os dois joelhos... Quando fiquei sabendo tudo o que teria que fazer e que eu teria que abrir os dois joelhos, eu liguei para o meu pai e falei: 'Pai, acho que está chegando ao fim. Tudo o que a gente fez até aqui foi bacana, foi maneiro, mas infelizmente acho que não vai dar para prosseguir, porque realmente vai ser muito complicado me reabilitar e me reinventar para jogar'.

No início, senti muita dificuldade para caminhar. Quando comecei a treinar com o grupo, sentia muita dificuldade em fazer tudo. Na reta final da minha recuperação, a única coisa que pedi a Deus era que me permitisse jogar uma pelada. Só queria poder sentir esse prazer de novo de chutar uma bola no gol, de ter uma dividida, de subir para cabecear, de fazer um giro. Por muito tempo, tive medo disso".




SE: Você chegou a ser diagnosticado com depressão naquele período, não é? Como foi lidar com aquilo tudo? E o que você diria a quem passa por essa situação agora?

Edu: "Sozinho, não teria como não, cara. Sozinho é bem complicado mesmo. No início, eu tive muito problema de saúde mental. Era uma parada que azucrinava minha mesmo minha mente. Então, procurei ajuda, sim, na cidade. Foi um momento muito difícil, em que eu sabia que sozinho seria impossível superar.

Não é vergonha para ninguém procurar ajuda, muito pelo contrário. Talvez, se eu não tivesse procurado ajuda, eu não seria hoje o Edu que está aqui vivendo tudo o que estou vivendo. Então, sem sombra de dúvidas, foi algo que acrescentou muito na minha vida e me fez ser quem eu sou hoje.

É o que sempre falo para todo mundo: independentemente da situação que estejamos vivendo, é acreditar nos planos de Deus na nossa vida, acreditar que a gente é capaz de reverter qualquer situação, adversidade, enfermidade.




Não é vergonha procurar ajuda, até porque a pessoa estudou justamente para ajudar nessa situação. A pessoa é formada e especializada nisso. Então, não se sinta envergonhado ou travado. Se te bater vontade e se der no seu coração de procurar ajuda, procure, porque sem sombra de dúvidas vai ser o melhor caminho e você vai ter as melhores respostas, com certeza".

SE: Falando sobre o Cruzeiro. Como você avalia o trabalho construído na Toca e tudo o que a torcida tem feito este ano?

Edu: "Já vi muita torcida bacana, que incentiva, que apoia o time, mas o que a gente viveu este ano aqui foi fora da curva. Não é normal você ver um estádio lotado quarta-feira, com o jogo acabando à meia-noite. Você vê 60 mil pessoas ali no estádio, que estão ali para te ver, para torcer por você, para desfrutar do seu trabalho. Saber que seu trabalho traz alegria para tantas pessoas, né? Você vê que valeu a pena o que passou durante toda a carreira.

Uma imagem que vai ficar muito marcada para mim foi o jogo contra o Fluminense, pela Copa do Brasil, em casa. Por mais que seja na derrota, foi o momento em que a torcida demonstrou mesmo que estava com a gente. Foi o ápice do barulho, da cantoria, do fanatismo que o cruzeirense tem pelo clube.




É uma parada que quem viveu aqui este ano vai levar para o resto da vida. A gente levou o primeiro gol, a torcida cantou. Levamos o segundo, a torcida cantou mais ainda. Na hora que levamos o terceiro gol, a gente, que estava no banco de reserva ali, de coração, não escutava nada de quem estava do nosso lado. Absolutamente nada. Foi uma parada bem marcante para mim o que a torcida fez.

Agora, no jogo contra o Operário, quando estava acabando o jogo, eles começam a cantar essa música nova: 'Hoje é o dia da glória, de fazer história'. É você saber que faz parte de um processo que resgatou o orgulho de 10 milhões de pessoas. Eram 60 mil ali no estádio representando.

Aí você olha para o lado e tem o fisioterapeuta, o Edu Eduester, que foi uma imagem que foi muito marcante. É um cara que acostumou a ganhar Libertadores, a ganhar Brasileiro, Copa do Brasil, a estar em grandes campeonatos, e o cara chorar, em um momento de extravasar, de libertar dessa dor que o torcedor e os funcionários tinham há mais tempo, de estar nesta Série B, de ouvir tanta coisa.




Não que a Série B seja inferior a qualquer outro campeonato. A Série B é um campeonato de muito valor, muito disputado, mas existem clubes com muita grandeza, que não merecem estar na Série B. O Cruzeiro é um caso perfeito disso. O Cruzeiro é muito grande, muito gigante, a torcida é muito apaixonada. A história do clube não me deixa mentir. É um clube acostumado com grandes conquistas, com grandes campeonatos. Tenho certeza que eles sofreram muito durante esses dois, três anos. Eles não viam a hora de um grupo conseguir recolocar o clube na Série A.

E isso aconteceu, graças a Deus com a gente, já no nosso primeiro ano de SAF, de trabalho. Por mais que falte alguns ajustes para concretizar matematicamente, a gente sabe que é só com muito detalhe mesmo que vamos ficar de fora. Sabemos o quanto foi duro esse trabalho, o quanto foi árduo. Jogadores que ninguém conhecia, o trabalho do Paulo Pezzolano, que ninguém conhecia até então. Era tudo muito incógnita, para todo mundo. E a gente aceitou o desafio com muita humildade. Formamos um grupo muito forte. É o que a gente sempre fala aqui: 'Não temos um ou dois jogadores que vão pegar a bola na zaga e levar até dentro do gol', como muitos fenômenos fazem no futebol. A gente tem um elenco muito forte, uma humildade muito forte para trabalhar.

Desde o início do ano, da pré-temporada, a gente sabia que alcançaríamos o objetivo se fosse dessa forma. Então, deixamos de lado qualquer tipo de vaidade, qualquer tipo de coisa que não iria agregar ao nosso trabalho, que iria agregar o nosso crescimento como grupo. Abraçamos a causa de uma forma como oportunidade para a vida de todo mundo.




Acho que isso fez a diferença. A gente ter muita humildade, ser muito um grupo, se respeitar muito. Acho que esse é o segredo do Cruzeiro hoje. É o elenco, o trabalho de todo o staff, de todos os jogadores, o trabalho das tias da cozinha, que nos oferecem as melhores refeições possíveis, é o trabalho da galera do marketing... Muita gente que trabalha para a gente aparecer no campo.

Esse lado eu acho até um pouco injusto. Aparecem até poucas pessoas, pelo tanto de pessoas que trabalham para acontecer um jogo, para a gente chegar ali apto, 100%. Essa vitória do Cruzeiro é graças a essas pessoas que fazem parte do clube no dia a dia e que trabalham muito para a gente oferecer o nosso melhor no dia do jogo".

SE: Você tem a chance de ser este ano o maior artilheiro do Cruzeiro na década, levando em conta desempenhos anuais. Já seria marcar o nome na história do clube. Mas qual é a sua maior ambição no Cruzeiro?

Edu: "Minha ambição, hoje, é o acesso na Série B e, posteriormente, o título. Tenho muita vontade de ser campeão, isso é muito importante para a carreira do atleta. Eu tenho contrato aqui de mais dois anos, até o final de 2024. Minha ambição é continuar, é, se Deus quiser, jogar a Série A aqui, que é o grande sonho que tenho. É esperar acabar este ano e ver o que vai se definir, o que vai se movimentar de mercado, porque a gente sabe que o futebol é algo muito dinâmico. Mas meu interesse é ficar. Estou muito feliz aqui, trabalho muito feliz todos os dias aqui na Toca. Então, a gente vai ver o que vai ser resolvido, mas acredito que eu fique, sim, e que a gente continue junto até acabar o meu contrato. 




Pessoalmente, de verdade, não tenho ambição. O que vem de conquista individual é bem-vinda, mas não coloco nunca em primeiro plano. Sei que faltam alguns gols para eu me tornar o maior artilheiro da década do clube. Respeito muito os caras que estão na lista, na frente e até os que consegui ultrapassar. Mas não é algo que eu coloco como prioridade na minha vida, na minha carreira. Se acontecer, vai ser naturalmente.

Sei que meus gols vão ajudar a gente a conquistar o acesso mais rapidamente, a conquistar posteriormente, caso a gente consiga, o título. Então, vou, jogo após jogo, gol após gol, sempre respeitando muito e com muita humildade... E o que tiver que acontecer é Papai do Céu que sabe o que é melhor para a gente sempre". 

SE: Muito se fala que há jogadores de Série A e jogadores de Série B. Você se sente capaz de ser tão importante para o Cruzeiro na elite quanto tem sido na Segunda Divisão?

Edu: "Com certeza (me sinto capaz). Sei do meu valor, do meu potencial, sei o quanto eu posso ajudar, independentemente do campeonato que seja. É muito fácil para quem está de fora falar, ah, Libertadores, é isso, Série A é isso, Série B é isso, mas será que essas pessoas que falam já deram um chute na Série A, na Série B, na Libertadores, para poder estar falando? Então, é muito fácil falar.




Acho que a gente tem um grupo muito forte, muito qualificado. Óbvio que como qualquer outro clube, tem que buscar reforços, pessoas saem, pessoas chegam, pessoas ficam. Esse é o ciclo de qualquer empresa, esse é o ciclo de qualquer trabalho, principalmente no esporte, no futebol. Então, é muito natural essa rotatividade no elenco, sempre em prol de reforçar o grupo. Mas a gente tem sim um grupo muito forte, a gente provou isso durante o ano, e se Deus quiser vai coroar esse grande trabalho que a gente fez este ano com o acesso e o título".

SE: No Brusque, você tinha um papel diferente do que exerce hoje no Cruzeiro. Você era um centroavante mais fixo, mas teve que se readaptar para se encaixar no esquema tático do Pezzolano, que exige mais mobilidade e que os homens de frente façam pressão na saída de jogo do adversário. Quais outros ensinamentos e cobranças o Pezzolano te faz?

Edu: "Desde o início do ano, cobra muita intensidade. Inclusive, no início do ano, a gente teve conversa em relação ao meu peso, porque realmente se eu continuasse daquela forma não conseguiria atender o que ele me pedia. E consequentemente não estaria aqui. Então, o que ele cobra da gente é intensidade. Cobra nos jogos e nos treinos. Pode ser o treino mais simples que for, ele cobra a máxima intensidade possível.

Isso reflete nos jogos. A gente aprendeu muita coisa aqui este ano em relação à força de grupo, à intensidade, dominar a bola perfilado para ganhar tempo. Às vezes você quebra uma linha da forma que você deixa o seu corpo. São coisas que ele veio corrigindo a gente e que vem somando muito no nosso resultado coletivo.




Quem teve a oportunidade de trabalhar com ele aqui este ano aprendeu muita coisa, vai levar muita coisa positiva para a carreira, e sem sombra de dúvidas foi um grande diferencial o Paulo e toda a comissão técnica, o tanto que eles são profissionais. Todo dia o profissionalismo deles é muito nítido. É algo que fez a diferença durante o ano".

SE: Edu, nesta semana viralizou uma imagem em que você aparece supostamente fumando um cigarro eletrônico. Na quarta-feira, você rebateu as críticas de parte dos torcedores e disse que não deve satisfações aos usuários de redes sociais. Tem mais algo para comentar sobre o assunto? Acha que há uma vigilância exagerada sobre os jogadores?

Edu: "Me pronunciei mais porque estava envolvendo o nome do Jajá e poderia acabar o prejudicando, porque ele não estava (na foto). Me pronunciei também por ter sido num dia de folga, eu não tinha três dias de folga desde janeiro, estava trabalhando para caramba. Num dia de folga, tiraram uma foto minha, às cinco horas da tarde, numa quadra de futevôlei, mas na foto não dá para ver. O dono dali, que está do meu lado, é o Ian, e do lado dele está o Neylor, que é segurança do estabelecimento. Quem consegue ver a imagem inteira pode ver que eu estava com duas garrafas de água em cima da mesa e com dois parceiros trocando ideia, mostrando uma coisa no celular.

O povo é muito maldoso, quem viu aquela fumaça ali, pelo amor de Deus, ela parece uma nuvem na minha cara. Então, infelizmente existem essas pessoas maldosas, mas eu não vou dizer nem que estou certo ou errado, as pessoas interpretam as coisas da forma que elas quiserem interpretar.




Acho que foi uma infelicidade muito grande, quem fez isso agiu com muita má fé, querendo me atrapalhar e denegrir minha imagem numa situação que, de verdade, eu não vejo problema nenhum. Uma coisa é eu estar na madrugada às quatro horas, com treino no dia seguinte. Agora, qualquer cidadão que trabalha e está de folga não estaria dentro de casa num domingo à tarde.

As pessoas precisam parar de falar que o cara tem que ficar só dentro de casa, não é assim que as coisas funcionam, o mundo tem que parar de ser egoísta. Aí você lê certos comentários que te incomodam. Eu não me importo com o que os outros falam de mim, sei das minhas responsabilidades e o que eu posso ou não fazer. Tenho meus momentos de lazer, sou um ser humano como qualquer outro.

Então, eu me pronunciei quando vi que estavam associando meu amigo ao Jajá. Realmente eles se parecem, mas quando vi que poderia prejudicar o Jajá de alguma forma, eu fiz mais no intuito de livrar a imagem do Jajá. Se alguém tiver que pagar por alguma coisa, esse alguém sou eu, pois na foto sou eu e não tem ninguém do clube ao meu lado, a responsabilidade é toda minha.




Como eu estava falando, ali é uma quadra de futevôlei e quando acaba o evento ele faz um pagode num deck, é uma coisa bem tranquila num ambiente aberto. (O local) É praticamente na esquina da minha casa, se eu quiser vou até andando, é um lugar que eu frequento diariamente. Eu saio do treino e vou lá tomar um açaí e conversar.

Então, o povo é muito maldoso, mas faz parte, esse é o preço que se paga por ser uma figura pública, um jogador que está em evidência. Infelizmente, as pessoas preferem muito mais ver as coisas que você faz, teoricamente, de errado do que as certas. É como o Adriano (Imperador) colocou uma vez numa camisa: 'Que Deus perdoe essas pessoas ruins'. De certa forma, que isso sirva de lição para as pessoas que preferem tomar conta das nossas vidas ao invés de viver a vida deles. Um beijo do Edu, que vocês continuem curtindo o domingo de folga de vocês assim como eu também vou curtir".