Parque esportivo do Cruzeiro no Barro Preto, na Região Centro-Sul de BH (Foto: Cruzeiro/Divulgação)

Presidente do Cruzeiro (associação), Sérgio Santos Rodrigues admitiu a possibilidade de o Parque Esportivo do Barro Preto, na Região Centro-Sul, de Belo Horizonte, ser transformado em um centro comercial nos próximos anos. Atualmente, o espaço é utilizado apenas como clube social.



 
 
Em entrevista ao Superesportes nessa segunda-feira (22/8), Sérgio demonstrou interesse em amadurecer a ideia. No entanto, o mandatário afirmou que não daria tempo de entregar um projeto antes do fim de seu mandato, que vai até 2 janeiro de 2024. 
 
"Como mudou a lei de uso e ocupação de solo urbano (em Belo Horizonte), foi feito um protocolo para garantir a utilização do espaço utilizando mais metragem quadrada para novos empreendimentos ali. Isso nunca foi discutido e, obviamente, teria que passar pelo Conselho do Cruzeiro. Eu, mas é uma opinião pessoal, buscaria um modelo misto para a utilização daquele espaço", iniciou. 
 
Em setembro do ano passado, o clube mineiro obteve a emissão do Processo de Licenciamento Urbanístico (PLU), junto à prefeitura (PBH), para fazer do espaço social um empreendimento comercial. Essa foi apenas uma parte do fluxo de aprovação e licenciamento do projeto.



 
Mesmo com o 'aval' da PBH, Sérgio afirmou que não tem interesse em se desfazer completamente do clube social caso leve a ideia adiante. Ele apostaria num modelo misto, que preserva a história e aproveita com mais eficiência o local.
 
"É importante preservar a parte cultural do Cruzeiro, ali a gente nasceu. Então, não podemos chegar e simplesmente vender e acabar, mas também acho um desperdício um imóvel daquele tamanho ser só um clube social. É possível fazer um modelo misto ali, que mantenha a tradição e utilize uma parte para fins comerciais", reconheceu. 
 
"Eu não sei se nós teríamos tempo de apresentar um projeto assim até o fim do meu mandato, mas é uma coisa que eu defenderia e gostaria", finalizou. 



 
 

Cessão do terreno do Barro Preto 

 
O terreno que ocupa o quarteirão muito valorizado das ruas Araguari, Guajajaras, Ouro Preto e avenida Augusto de Lima foi doado pelo estado à Raposa em 1946. O mesmo aconteceu com outros imóveis cedidos a América e Atlético para que as agremiações esportivas desenvolvessem o esporte na capital mineira.
 
Essas doações foram feitas com cláusulas de resguardo quanto à penhora, além da previsão de reversão ao patrimônio do doador (Estado), no caso de extinção dos clubes.